Enquanto temos a Hilux, os Estados Unidos contam com sua própria picape média da Toyota, a Tacoma. É um sucesso significativo, afinal de contas lá o segmento de caminhonetes é dominado por marcas locais e as picapes médias sequer têm grande popularidade. Mesmo assim, a Tacoma foi o quarto veículo com caçamba mais vendido dos EUA, ficando atrás da tríade de picapes grandes Ford F-150, Chevrolet Silverado/GMC Sierra e Ram 1500.
Como já ocorre com a Toyota Hilux, porém, as marcas do tempo começaram a ficar evidentes. Para resolver isso, a Toyota Tacoma tem agora uma nova geração, com mudanças profundas. As principais delas incluem o uso da nova plataforma TNGA-F (que deve ser aproveitada na Hilux) e a estreia de mecânica híbrida.
As versões básicas da nova Tacoma têm motor 2.4 turbo a gasolina mais manso, que rende 231 cv e 33,6 kgfm. A eletrificação se faz presente nas versões topo de linha, que unem o motor 2.4 turbo ao motor elétrico e totalizam 330 cv e 64,3 kgfm, com tração integral e câmbio automático de oito marchas. É quase o dobro de torque em relação ao antigo V6 a gasolina, que sai de linha.
Esse mesmo motor 2.4 mais potente é oferecido solo, com 282 cv e 43,8 kgfm e a mesma transmissão automática; caso o cliente opte pelo câmbio manual de seis marchas, números caem para 274 cv e 42,9 kgfm.
Mudanças profundas
Comparada com a geração anterior (foto abaixo), a nova Tacoma tem mudanças significativas, que ficam claras na assinatura dos faróis em leds, por exemplo, e nos para-choques mais musculosos e angulados. De acordo com a Toyota, a inspiração veio de gerações anteriores da Hilux, que em breve deve se aproximar bastante da irmã norte-americana.
As atualizações mais importantes, porém, vieram junto da plataforma TNGA-F, que já é usada na picape grande Tundra e no Sequoia, SUV de tamanho equivalente. Entre essas novidades, há uso amplo de aço de alta resistência e soldas a laser, além de reforço estrutural no chassi e uso de alumínio em partes não-estruturais, economizando peso.
Também há uma nova suspensão multilink, que aparece em algumas das oito versões da Tacoma (as outras mantêm eixo rígido e feixes de molas). Além de particularidades mecânicas, tais versões mudam significativamente em termos estéticos e até de carrocerias: há cabine dupla ou estendida, com caçambas de 1,82 m ou 2,43 m, aproximadamente.
As variantes TRD Pro e TRD Off-Road, por exemplo, trazem recursos avançados para trilheiros, como 4×4 com reduzida, bloqueio de diferencial traseiro e até o desacoplamento da barra estabilizadora desse cheio, ampliando significativamente o curso das rodas. Também há controle de cruzeiro para baixas velocidades e até um sistema que permite à picape com tração manual de dar a partida com a marcha engatada, sem que o motorista perca tempo pisando na embreagem.
A versão Trailhunter, por sua vez, conta com amortecedor monotubo semelhante ao da nova Hilux GR-S, com pneus Goodyear Territory e escape redesenhado que elevam o seu vão livre em cerca de 5 cm.
Já a Tacoma TRD Pro ostenta braços de alumínio exclusivos, com nova geometria de suspensão que foi pensada para pistas off-road de alta velocidade. Completando o conjunto, há amortecedores Fox que podem ser ajustados manualmente, faróis de milha próprios e bancos que reduzem o sacolejo dos ocupantes.
Internamente, a Tacoma revela quadro de instrumentos analógico com tela auxiliar de 7’’ nas versões mais baratas. As mais caras trazem apenas uma tela de 12,3’’, com design que muda conforme o estilo da variante. Também há central multimídia de 8’’ ou 12,3’’, com Android Auto e Apple Carplay sem fio.
Recursos de automação veicular incluem controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência, sistema que evita (ou mitiga, quando inevitável) colisões e até mecanismo que para a caminhonete automaticamente em caso do condutor ficar incapacitado.
Mais informações serão divulgadas perto do início das vendas, ainda neste ano.