Top Ten: edições estranhas de fábrica
Séries especiais que acabaram sendo verdadeiros fiascos ou que não fizeram sentido algum
Os recentes lançamentos de séries especiais sem nada de especial – como Nissan March Rio, Toyota Etios White Pack e Renault Duster Dakar – não são uma novidade na indústria automotiva brasileira. Desde a época da restrição às importações, o expediente é usado para dar destaque a modelos um tanto apagados no mercado. Para refrescar a memória, listamos dez versões de fábrica bem curiosas, mas pouco saudosas.
Chevrolet Agile WiFi
Em 2012, o Agile tentou ser o primeiro carro equipado com Internet sem fio a bordo. Visualmente, apenas um adesivo na coluna traseira identificava o modelo. Cerca de 20 dias após a compra do veículo, o proprietário recebia um roteador com kit de instalação, o que deveria ser feito por ele mesmo. A Internet era fornecida pela Tim de forma gratuita no primeiro ano, sem a informação de velocidade ou limite de tráfego. Após o período, um novo pacote de dados deveria ser contratado. O problema: se você já possui um celular com conexão de internet, por que gastar mais para ter uma conexão dedicada no carro? Pouco tempo depois, os fabricantes perceberam que investir no espelhamento e conexão do celular com o carro fazia muito mais sentido.
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Chevrolet Celta Off Road
O popular Celta ganhou, em 2005, a possibilidade de receber o kit visual Off Road, que saía por nada convidativos R$ 2.900 — o que tornou o modelo uma raridade pelas ruas. A versão era equipada com rodas diferenciadas, rack de teto, para-choques sem pintura, ponteira cromada e barra de proteção dianteira. Nenhum reforço mecânico era feito “por falta de necessidade”, segundo a marca apontava na época. Entenda como quiser.
Chevrolet Chevette Jeans
No longínquo ano de 1979, o Chevette ganhava uma série de apelo jovem: a Jeans. Por fora, sempre pintado em branco ou prata, o modelo se diferenciava apenas pelos adesivos com o nome da série colados nos para-lamas dianteiros. Quem concentrava mesmo todas as atenções era o interior do Chevette. Os bancos e os painéis das portas eram integralmente revestidos em jeans, com direito a porta objetos representados por bolsos iguais aos das calças. Por incrível que pareça, até que vendeu bem.
Chevrolet Meriva Geo
Sem perspectivas para a já cansada Meriva, em 2009, a Chevrolet lançou a série Geo — que “contemplava” também os hatches Corsa e Celta. O modelo ganhava apelo aventureiro com para-choques, calotas, saias laterais, barras e adesivos nas portas pintados em cinza grafite, além de ponteira cromada e faróis de neblina. O resultado era um visual um tanto duvidoso, destacado ainda pela nomenclatura do kit (que custava consideráveis R$ 2.990) em verde.
Chevrolet Meriva SS
Sedãs, cupês, hatches e até peruas não dispensam versões esportivas — sejam elas apenas visuais ou não. Porém, as minivans não costumam fazer parte dessa turma. Não foi o que a Chevrolet pensou ao lançar a versão SS da Meriva. O sobrenome Super Sport é dado a carros de alto desempenho da marca, como o Camaro. No caso da Meriva, permaneceu o antiquado motor 1.8 8V de 114 cv de potência e 17,7 mkgf de torque, com opção de transmissão manual ou automatizada Easytronic. Visualmente, o modelo ganhou detalhes brancos e rodas esportivas.
Chevrolet Monza Clodovil
Criada por uma concessionária, a série limitada entrou para a história por seu exotismo. O modelo herdava de seu “inspirador”, o apresentador e estilista Clodovil Hernandes, extravagâncias como a assinatura dele na traseira e a grafia das iniciais CH nos bancos, revestidos em couro. As lanternas ganhavam extensões de acrílico na tampa do porta-malas. A principal atração, entretanto, eram as malas feitas exclusivamente para o modelo e assinadas por Clodovil.
Fiat Bravo Wolverine
A Fiat aproveitou o lançamento do filme “Wolverine – Imortal”, em 2013, e apresentou a série especial do Bravo batizada com o nome do personagem. Como toda edição que se preze, o modelo oferecia boa lista de equipamentos em uma convidativa condição de custo-benefício. Contudo, o visual destoava do que o comprador do Bravo procurava: as laterais ganhavam adesivos que simulavam rasgos na carroceria feitos pelas garras do Wolverine. Na grande maioria das vezes, esses eram retirados ainda nas concessionárias a pedido de seus novos proprietários.
Fiat Uno College
O Uno sempre declarou seu apelo ao público jovem. Em 2013, o modelo reforçou sua vocação com a série College. Além dos faróis com máscara negra, faróis de neblina e rodas de liga leve de fábrica, o Uno College ganhava adereços um tanto duvidosos. Por fora, as três aberturas frontais, as maçanetas e os retrovisores eram vermelhos. Ainda nas laterais, um adesivo imitava um zíper se abrindo, como em uma mochila. O interior abusava: maçanetas, comando central do ar-condicionado, bordas dos tapetes, saídas de ar e a parte superior do volante eram vermelhos, enquanto os puxadores das portas e a região dos comandos do ar eram azuis. Já os bancos eram listrados misturando as duas cores.
Volkswagen Gol Titan
Ele tinha a intenção (ou seria uma desculpa?) de parecer um aventureiro robusto e de visual jovem. Não foi bem assim que o público interpretou a versão ainda mais pobre do Gol. O modelo era equipado com rodas de ferro, dispensando até as calotas. Os para-choques eram de plástico sem pintura. Faróis e lanternas ganhavam acabamento escurecido e as laterais tinham adesivos (na cor cinza) para identificarem a versão.
Volkswagen Polo Bluemotion
A ideia parecia visionária. Mas o Polo Bluemotion não cativou. A diferença de salgados R$ 5.000 em relação às versões convencionais não se justificava frente à promessa de 15% de economia de combustível. Mais do que isso, o visual causou estranhamento. As rodas eram de 14 polegadas calçadas com pneus de perfil alto, a suspensão era mais baixa, havia saias laterais e nos para-choques, aerofólio aerodinâmico e grade diferenciada. Nem a economia e, muito menos, a redução na emissão de poluentes, convenceram.