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Sindicatos se mobilizam contra Ford; para Jair Bolsonaro “faltou verdade”

Funcionários alegam que não foram honrados acordos de estabilidade por redução da jornada de trabalho e de salários na pandemia

Por Gabriel Aguiar
Atualizado em 12 jan 2021, 19h58 - Publicado em 12 jan 2021, 17h48
Sindicato dos trabalhadores Ford em Camaçari
Funcionários da Ford em Camaçari (BA) se reuniram em frente à fábrica (Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari/Reprodução)

Os funcionários da Ford realizaram mobilizações em Camaçari (BA) e Taubaté (SP) logo após a confirmação do encerramento das operações das fábricas no Brasil – e acusaram a empresa de desrespeitar o período de estabilidade na unidade paulista.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindimetau), todos os 830 empregos estariam garantidos até dezembro de 2021, como resultado dos tratados de redução de jornada e salários firmados durante a pandemia da Covid-19.

Claudio Batista, presidente da associação, diz que a decisão da Ford foi tomada de forma unilateral, sem negociações com o sindicato dos trabalhadores. “Nós faremos toda a luta necessária para tentar reverter essa situação”, explica o líder sindical.

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Os associados também aprovaram que o sindicato acione os poderes públicos municipal, estadual e federal em defesa das vagas que estão em risco. Segundo Batista, a empresa foi beneficiada com uma série de isenções fiscais ao longo dos últimos anos.

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Sindicato dos trabalhadores Ford em Taubaté
Sindicato diz que Ford não cumpriu acordo de estabilidade dos trabalhos (Sindimetau/Reprodução)

Na região metropolitana de Salvador (BA), os funcionário da Ford se reuniram em frente às instalações da norte-americana, inaugurada há quase duas décadas e de onde saíam os modelos EcoSport, Ka e Ka Sedan – todos aposentados após a decisão.

De acordo com a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, a associação segue em busca de negociações para reverter o encerramento da fábrica e garantir “indenização justa aos milhares” de funcionários que trabalham no complexo industrial.

O Sindicato estima que a decisão custe os empregos de 12 mil trabalhadores diretos, sendo 5 mil da Ford e outros 7 mil de empresas de empresas fornecedoras e prestadoras de serviço. 

Presidente Jair Bolsonaro
(Presidência da República/Divulgação)

Em entrevista no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro comentou a decisão da marca. “Lamento os cinco mil empregos perdidos. Mas o que a Ford quer? Faltou a Ford dizer a verdade. Querem subsídios”, afirmou o chefe do poder executivo.

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Bolsonaro questionou: “Querem que continuem dando 20 bilhões para eles, como fizeram nos últimos anos? Dinheiro de vocês, do imposto de vocês”. O valor citado é de isenções fiscais acumuladas desde 1999, quando da construção da fábrica de Camaçari, de acordo com a base de dados da Receita Federal.

Segundo a Ford, o motivo do encerramento das fábricas é o “ambiente econômico desfavorável” no país, agravado pela pandemia da covid-19.

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