Sou louco por games de corrida. Dos primeiros Need for Speed a Gran Turismo 6, nunca recuso um convite para participar de um racha on-line. Pessoas como eu já têm um lugar para se divertir na capital paulista: o Autódromo Virtual São Paulo.
O local nasceu do hobby do DJ e designer Augusto Rizzi. Praticante de automobilismo virtual, ele deixou de lado a carreira para ganhar a vida com simuladores: “Percebi que havia demanda por um lugar onde os jogadores pudessem jogar e socializar”.
São seis estações com volante, pedais, três tipos de câmbio (manual, sequencial e paddle-shifts), bancos concha, três monitores e fones de ouvido. O simulador escolhido foi o Assetto Corsa, considerado hoje um dos mais realistas e com melhor dinâmica no mercado, reproduzindo fielmente as características de cada pista, como ondulações e inclinações das curvas – muitas delas foram escaneadas a laser.
A reprodução dos carros também impressiona, com roncos estimulantes e alta complexidade de ajustes que fazem a diferença nas pistas.
Na hora do meu teste, passei vergonha tentando me acostumar ao simulador, mesmo sendo piloto de videogame há quase 30 anos. Os carros também refletem a dirigibilidade da vida real, exigindo prática para domar bólidos como a Ferrari SF15-T da temporada 2015 de Fórmula 1.
Até pilotos profissionais visitam o local para praticar enquanto estão longe das pistas. É o caso de Fernando Rees, brasileiro que disputa o WEC (Campeonato Mundial de Endurance) há seis anos. “A estrutura do AVSP é a mais próxima possível do simulador que utilizo na Inglaterra”, afirma o piloto da Aston Martin Racing.
Cada hora de jogo custa R$ 45 e o valor diminui à medida que o jogador permanece mais horas no local. Só tome cuidado para não ficar o dia todo lá.