A VW desengavetou o projeto do novo Santana no Brasil. No final de janeiro, a empresa iniciou pesquisas para atualizar informações junto aos consumidores sobre a receptividade do modelo no mercado. Em uma clínica com potenciais compradores, a VW queria saber o que as pessoas achavam do visual e também quanto estariam dispostas a pagar pelo veículo. O modelo, que herda o nome do antigo carro da marca produzido no Brasil entre 1984 e 2006, é um sedã de porte médio para ser posicionado em nosso mercado na faixa de preço dos compactos.
É o caso de Renault Logan, Fiat Grand Siena, Nissan Versa e Chevrolet Cobalt, vendidos entre R$ 42.000 e R$ 68.000 (com o Cobalt Elite e o Versa Unique elevando o valor médio da amostra). Um dos preços sugeridos pela VW durante o encontro com os compradores foi de R$ 58.000.
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A pesquisa da montadora foi realizada em São Paulo (SP) com clientes de diferentes regiões do país. Eles se encontraram em um centro de exposições, onde a empresa exibiu não só o Santana como também outros sedãs de diferentes segmentos. Havia Chevrolet Cobalt e Prisma, Fiat Grand Siena, Ford Fiesta Sedan, Honda City e Hyundai HB20S.
O Santana apresentado não era exatamente igual ao modelo vendido na China desde 2013. Com design mais elaborado, ele possuía mudanças na grade dianteira, nos faróis e principalmente na lateral, com a linha de cintura ascendente, e na traseira, com o porta-malas mais alto. A tampa traseira também era diferente: mais simples, segundo informações.
A VW se interessou em saber o que os convidados pensavam sobre acabamento, conteúdo, espaço interno e motorização. O carro estava fechado e trazia os vidros escurecidos. Isso leva a crer que esses itens já estejam definidos. Na China, o Santana tem motores 1.4 e 1.6 em versões cheias de equipamentos.
QUATRO RODAS avaliou um modelo em 2013 que trazia seis airbags, ESP, sensor de ré, central multimídia, ar-condicionado, teto solar, assistente de partidas em rampas e bancos imitando couro. Por aqui, a fábrica pode lançar mão dos mesmos motores e também do novo motor 1.0 TSI flex, de 105 cv com etanol, e de diferentes pacotes de conteúdo para equiparar sua oferta à da concorrência.
O Santana atual usa a plataforma PQ35 do Jetta e deveria chegar ao Brasil em 2014. Desde 2012, o sedã vinha sendo avaliado em nosso país, rodando disfarçado sob a carroceria de um Jetta da geração passada. Mas em agosto de 2013 a VW decidiu adiar o projeto, na época sem data para retomada. Agora, o novo Santana deve estrear em 2017.