A Aston Martin conseguiu um feito importante no cinema: ser a marca favorita do espião 007. Em seus filmes, o personagem aparece pilotando diversos clássicos da montadora, desde o clássico DB5, até modelos mais recentes como o Valhalla. Mas o que seria dos heróis se não fossem os vilões?
Em um dos mais icônicos filmes da franquia, “007 contra Goldfinger”, enquanto Sean Connery, interpretando o espião mais famoso do cinema, pilotava seu Aston Martin DB5, o vilão Goldfinger (Gert Fröbe) também tinha seu carro favorito, um Rolls-Royce Phantom com carroceria de ouro.
Para comemorar os 60 anos desse clássico do cinema, a Rolls-Royce preparou uma versão única do Phantom atual, algo semelhante ao que a Aston Martin também fez com o DB5. Claro que para esse modelo não poderia faltar ouro. Ele não é feito inteiramente em ouro maciço, mas o seu capô tem revestimento de ouro 18 quilates e camadas de prata, que juntas dão um efeito bem semelhante. Fora isso, a parte externa também segue um padrão de pintura muito semelhante a do filme, misturando o amarelo ouro com preto.
Mas é na cabine que encontramos os principais easter eggs e demais luxuosidades extravagantes. O mais simples de tudo ali são as partes do painel frontal e portas feitas em madeira de nogueira, enquanto os assentos são revestidos de couro marinho.
Agora começa a parte interessante. Em um cofre escondido no console central, há nada mais nada menos do que uma barra de ouro 18 quilates na forma de um Phantom, mas essa é só uma das peças de ouro presentes no carro. No porta-malas, há um taco de golf banhado a ouro, que faz referência ao primeiro encontro entre os personagens no filme. A placa VIN do carro também é toda feita de ouro 24 quilates.
Há ouro 18 e 24 quilates por todos os painéis internos e consoles, assim como nas saídas de ar e porta-luvas. Esse último tem escrita a icônica frase dita pelo vilão em uma das cenas mais marcantes: “Isso é ouro, Sr. Bond. Toda a minha vida, fui apaixonado por sua cor, seu brilho, sua divina celestialidade.”
A Rolls-Royce colocou ainda mais referências ao filme, mais precisamente ao Passo Furka, nos Alpes Suíços, local onde o James Bond persegue o vilão. No painel, há um mapa topográfico do local feito na madeira. E, no teto, pontos luminosos reproduzem exatamente o mesmo céu que pode ser visto na noite do dia 11 de julho de 1964, último dia de filmagem em Passo Furka. Já em uma pequena mesa dobrável temos o mapa do depósito de ouro dos EUA em Fort Knox, local que Goldfinger planejava assaltar no filme.
Para completar, nas portas você encontrará guarda-chuvas idênticos aos do filmes — esses que não são banhados a ouro. Já no porta-malas, há um pequeno projetor disfarçado de dispositivo rastreador, que projeta o logo do 007 no chão do bagageiro.
Projetos como esse são muito especiais, tão especiais que a Rolls-Royce nem sequer pretende vendê-lo. O Phantom Goldfinger será uma peça única de valor inestimável. A montadora também não revela a motorização, mas não importa muito, afinal o carro é especial por outros motivos. Para matar a curiosidade, os Phantom comuns têm um motor V12 6.7 biturbo de 694 cv e 102 kgfm, que provavelmente também equipa a edição especial.