No ano passado, Renault e Geely anunciaram uma joint-venture (parceria, ou aliança) focada no desenvolvimento de novos motores. Agora, quase um ano depois, a nova empresa foi formalmente criada. Batizada de Horse Powertrain Limited, terá propriedade repartida (50/50) entre as duas montadoras e poderá produzir até 5 milhões de motores anualmente.
Os dois Grupos (Renault e Geely) acreditam que diversas opções de motores serão necessárias para a descarbonização acontecer com sucesso. Eles também acreditam que mais da metade dos veículos produzidos dependam de motores de combustão interna pelo menos até 2040.
Com isso, a Horse Powertrain projetará, desenvolverá, produzirá e venderá todas as soluções para sistemas híbridos e a combustão, incluindo motores, transmissões e baterias. A empresa receberá autonomia de suas duas marcas fundadoras, portanto desenvolverá por sua conta suas futuras tecnologias.
Todos os tipos de motorizações ou soluções híbridas serão estudadas, como híbridos convencionais, plug-in, com extensor de alcance, além de motorizações exclusivamente a combustão com diferentes combustíveis, entre eles etanol, metanol, GPL, GNV e hidrogênio.
“O dia de hoje marca um passo importante na resposta aos maiores desafios que a indústria automóvel enfrenta: a descarbonização do transporte rodoviário”, disse o presidente-executivo da Renault, Luca de Meo.
O executivo também exaltou a parceria com a Geely e a importância da empresa nesta parceria em busca de novas tecnologias.
“A parceria com uma empresa líder como a Geely para criar um novo player com capacidade e experiência para desenvolver motores de combustão interna de emissões ultrabaixas e tecnologias híbridas de alta economia é fundamental para o futuro. Através da Horse Powertrain, o Grupo Renault pode alcançar liderança mundial e escalar num setor que representa mais de 80% do seu negócio. Juntos, enfrentaremos o desafio da descarbonização com a inovação na vanguarda das nossas operações.”
A Horse fornecerá motores e tecnologias para marcas como Volvo, Proton, Nissan, Mitsubishi e, claro, Renault e Geely. A empresa estará presente em 17 fábricas em todo o mundo, com cinco centros de investigação e desenvolvimento. A empresa emprega cerca de 19.000 funcionários e espera-se que tenha uma renda anual de R$ 84, 2 bilhões.