A Renault quer fazer de 2022 um ano de renovação. Para isso, a fabricante francesa anunciou a fabricação, na unidade de São José dos Pinhais (PR), de um novo motor 1.0 turbo e da plataforma CMF-B, que dará origem ao inédito SUV compacto que será vendido no Brasil.
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A transformação promete ser marcante e vem logo após um investimento de R$ 1,1 bilhão, que incluiu o lançamento dos novos Duster e Captur 1.3, Kwid e Master, e que acabará em breve com o lançamento da picape Oroch 2023. Para dimensionar o investimento que prepara, a Renault tratou de fazer o anúncio na presença do governador do Paraná, Ratinho Júnior, e de lideranças sindicais.
Nova plataforma
Modular, a plataforma CMF-B permite, segundo a Renault, “a chegada de novos produtos no futuro, bem como uma eventual eletrificação”. Sua produção no complexo Ayrton Senna atenderá ao lançamento de um novo SUV compacto, que buscará concorrer com Fiat Pulse e Volkswagen Nivus, entre outros.
Segmentado entre o Stepway e o Duster, o utilitário é chamado internamente de projeto HJF, e deverá ser lançado entre 2023 e 2024, já com o novo motor 1.0 turbo flex que também será produzido no Paraná.
A francesa confirmou discretamente seu lançamento, citando o acordo feito com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba para a produção dos três produtos até 2024.
Tanto a nova plataforma quanto o motor dão “continuidade à nossa estratégia de reforçar nossa presença em segmentos mais altos do mercado”, disse Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.
Menos vendas, mais grana
A plataforma CMF-B também servirá para a fabricação local do novo SUV Bigster, baseado em projeto da romena Dacia. Será o equivalente ao Duster de nova geração em sua versão sete lugares, que terá produção nacional, segundo fontes.
Um ponto importante é que a Renault já prevê que a plataforma CMF-B será o ponto de partida para a eletrificação da sua linha no Brasil. Não por acaso, o Dacia Bigster será vendido na Europa com diferentes níveis de hibridização, oferecendo desde sistemas híbridos leves a mecânica híbrida plena, com motor elétrico capaz de tracionar o SUV.
De olho em “valor” ao invés de “volume”, a Renault também pretende importar modelos mais sofisticados, como o Mégane E-Tech (futuro elétrico de topo da marca no Brasil) e o SUV cupê Arkana.