O preço da gasolina pode reduzir nos próximos meses, graças a uma queda no preço do petróleo. De outubro para cá, o preço do petróleo tipo brent foi de 90 para 73 dólares o barril, o que registrava uma queda de 3%, como foi registrado na última terça-feira.
Essa desvalorização pode levar a uma redução no preço do combustível em nosso país, já que o preço interno da gasolina e diesel usa como base, principalmente, o preço internacional. Porém, como anunciado em maio, a nova política da Petrobras leva em consideração outros fatores, que fazem o preço da gasolina hoje estar 10% acima da paridade internacional — equivalente a R$ 0,22 por litro — e do diesel 4% acima — equivalente a R$ 0,14 por litro.
Atualmente, de acordo com dados da própria Petrobras, o valor médio nacional da gasolina na bomba é de R$ 5,62. Já o diesel, que teve seu preço reduzido em R$ 0,27 na semana passada, está sendo vendido em média por R$ 6,13.
O motivo para a queda no preço do petróleo seria a desaceleração no ritmo de crescimento da economia e o risco de uma recessão em países desenvolvidos, segundo alguns economistas. Como explica Bruno Monsanto, economista da assessoria RJ+ Investimentos, em entrevista à Veja, “há um receio de desaceleração de grandes economias consumidoras de petróleo. As cotações dependem das projeções de demanda externa e importadores como China e Estados Unidos indicam um arrefecimento do crescimento”.
Ainda não há certeza se realmente haverá uma diminuição no preço dos combustíveis brasileiros, o que só deve ser divulgado em janeiro. O que é certeza é que a partir de fevereiro os preços vão subir com o aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). Para a gasolina, o aumento será de R$ 0,15 por litro, subindo seu preço para R$ 1,37 nas refinarias. Já o diesel terá alta de R$ 0,12, chegando a R$ 1,06 por litro.