QR de março: apresentamos – e até produzimos – o VW Tera
Além de mostrar o SUV mais barato da VW, também rodamos com seis elétricos até suas baterias esgotarem e conhecemos o Fiat Grande Panda -será o sucessor do Uno?

Em clima de carnaval, trazemos como destaque na QUATRO RODAS de março aquele que poderá ser um dos principais lançamentos do ano. O Volkswagen Tera foi apresentado na Marquês de Sapucaí com a promessa de ser o novo Gol.
O DNA de sucesso ele tem e isso está até estampado como um “easter egg” no para-brisas traseiro. Mas os tempos mudaram e, para agradar ao público atual, o Tera utiliza de uma estética totalmente nova que abraça os conceitos dos SUVs compactos que fazem sucesso no Brasil.

Mesmo com dois outros modelos nessa categoria — T-Cross e Nivus — a Volkswagen decidiu por fazer um projeto totalmente do zero, podendo se desprender dos conceitos já utilizados. Tudo isso para criar um modelo novo e que chegará com preços menores que o dos irmãos, enquanto oferece mais conteúdo do que o hatch Polo.

Na edição de março, você vai ficar sabendo de todos os detalhes e um pouco mais. Com exclusividade, visitamos a fábrica da Volks em Taubaté, no interior de São Paulo, para acompanhar e desmistificar como é a produção pré-série de um carro.
E tem mais…
Novo novo Uno?
A Fiat já anunciou que o Grande Panda vai chegar ao Brasil para substituir, de uma só vez, o Argo e o Mobi. Mas uma grande interrogação paira no ar: qual será seu nome?

Entre as opções que a marca tem em sua mesa, é possível criar algo totalmente novo; manter o nome Grande Panda; lançá-lo como a segunda geração do Argo; ou então apelar para a nostalgia do brasileiro e trazer de volta o Uno, mais uma vez derivado do Panda europeu. Enquanto eles não decidem, nós apresentamos para você como é esse novo hatch que já foi lançado na Europa em versões híbrida e elétrica.
Até o último elétron
Juntamos os seis carros elétricos mais vendidos do país para enfrentar o maior medo dos proprietários desses modelos: ficar sem bateria.

Nesse teste de autonomia — ou seria de resistência? — levamos os modelos ao seu limite e descobrimos quais sinais eles dão quando começam a descarregar. Enquanto alguns tiveram um corte bruto de potência, outros até surpreenderam com o quanto andaram mesmo “zerados”.
Motor básico, mas completo de conteúdo
O Citröen C3 Basalt chama atenção pelo seu design arrojado, que mistura traços de SUV com sedã. E para quem pensa em economizar, a versão de entrada, Feel, oferece um bom conteúdo por um preço acessível, mas decepciona no desempenho.

Por fora, a aparência é praticamente a mesma das variantes mais caras, enquanto o interior oferece um bom espaço e itens como quadro de instrumentos digital, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, câmera de ré e retrovisores elétricos. Mas o motor 1.0 aspirado de até 75 cv acaba entregando que essa é uma versão básica.
Carta ao leitor
A fé que nos anima
QUATRO RODAS completará em agosto deste ano 65 anos de existência. E, desde o primeiro número, ela se propõe a fornecer “informações completas e compreensíveis sobre manutenção, consertos, serviços e características dos automóveis novos e ‘velhos’”, como escreveu seu criador, Victor Civita, em 1960.
Foi imbuídos desse espírito que em 1979 fizemos a Maratona do Álcool, que testou durante 30.000 km, de forma ininterrupta, no Autódromo de Interlagos, os primeiros carros movidos a etanol produzidos no país. E isso foi o que nos motivou a reunir, nesta edição, seis modelos elétricos para avaliar a real autonomia de cada um e experimentar como é chegar ao final das baterias, o maior medo dos motoristas em relação aos veículos 100% elétricos.
É possível acreditar nos alcances divulgados pelas fábricas? Os computadores de bordo são confiáveis? Quais sinais que o carro dá antes de parar? E, quando para, o que se pode fazer?
A operação que mobilizou a redação inteira, menos eu, foi capitaneada pela repórter Isadora Carvalho, que teve a ideia de pauta, coordenou o trabalho da produção, a avaliação e escreveu o texto, que você lê a partir da página 36.
Envolvido em outras missões, acompanhei tudo à distância, com um pouco de inveja, confesso. Um teste assim, com vários carros, quilômetros, pessoas e detalhes que devem ser observados para que tudo saia como deve, dá trabalho e ansiedade (talvez mais do que o medo de ficar sem bateria). Mas é um grande prazer ver o plano acontecer criteriosamente e tendo os objetivos alcançados. Faz o olho brilhar, como diz Isadora.
Além do texto que você vê nesta edição, o teste rendeu outros conteúdos para o site e para nossas redes sociais. Tudo foi registrado e parte do teste foi apresentada à medida que acontecia. Um vídeo em especial me chamou a atenção: não estava planejado e nem foi publicado nos perfis de QUATRO RODAS. Subiu, no dia seguinte, no perfil do editor Henrique Rodriguez, no Instagram (@henriquerodriguez), o autor do filme feito em tom de brincadeira. Esse vídeo mostra imagens reais do teste acompanhadas pela narração do desenho animado Corrida Maluca, produzido pela Hanna-Barbera, no final dos anos 1960, e exibido no Brasil diversas temporadas. Além de engraçado, ele expressa a satisfação da equipe ao final do trabalho, que começou cedo e acabou sob chuva, às 11 horas da noite. Todos estavam ligeiramente molhados e longe de casa, mas felizes e orgulhosos pelo trabalho bem-feito. Eu compreendo bem essa sensação. Por isso senti inveja e, depois, orgulho junto com eles. Veja você mesmo o resultado.
Boa leitura!
