Porsche quer manter vivo o câmbio manual mas um detalhe pode atrapalhar tudo
Segundo o chefe de desenvolvimento do 911, a demanda pelo câmbio manual é alta nos EUA e no Reino Unido

No que depender da Porsche, os carros manuais ainda permanecerão em produção por muito tempo. Por outro lado, essa vontade de manter alguma tradição faz com que a marca precise quebrar a cabeça, já que a eletrificação de seus motores pode atrapalhar os planos – assim como a variação na demanda.
Foi o que disse Michael Rösler, chefe de desenvolvimento do 911, à revista britânica Evo. De acordo com Rösler, a marca está “explorando ativamente maneiras para manter o câmbio manual de seis marchas ativo em mais modelos”. Atualmente, na linha 911, a transmissão só é oferecida para as versões Carrera T e GT3

Apesar de poucas ofertas, a marca não apenas admite que quer dar sequência ao câmbio manual, mas também que a demanda é alta por ele em locais como Estados Unidos e Reino Unido. Segundo o executivo, o 911 GTS anterior tinha 50% das encomendas feitas com o manual, nos EUA.
Já o estado da California, é um dos responsáveis pela existência do 911 Carrera T conversível manual, já que a disputa pelo modelo por lá é grande. “Você precisa ouvir os clientes e não se apegar às tradições convencionais da engenharia. As pessoas adoram ouvir o som do motor com o teto aberto – é divertido, então faz sentido. Os clientes californianos estão pedindo mais, então vamos ver o que o futuro reserva”, completou Rösler. Na Europa, a situação é diferente e pouca gente quer trocar as marchas.

Porém, para satisfazer a demanda de onde há, a marca tem outro problema para enfrentar. Trata-se da eletrificação recém-chegada ao 911, com assistência híbrida que não permite o casamento a câmbios manuais, apenas os automáticos PDK. Isso limitará as versões nas quais a Porsche poderá ter câmbios manuais, talvez forçando-a pela criação de séries especiais.