O modelo de negócios da Netflix está inspirando as montadoras. A plataforma de streaming de filmes e séries funciona assim: você paga uma mensalidade fixa e pode escolher entre milhares de atrações para assistir onde e quando quiser. Agora imagine ter essa liberdade para escolher qualquer Porsche para usar quando e quanto quiser.
Isso existe e chama-se Porsche Passport. Mediante o pagamento de uma taxa mensal, o cliente pode escolher entre até 22 modelos da Porsche de acordo com sua necessidade. Quer se divertir? Peça o 718 Boxster ou o 911. Vai viajar com a família? O Cayenne ou Panamera Sport Turismo pode ser mais adequado.
Quem quiser se associar ao programa precisa pagar uma taxa de US$ 500 e ser aprovado pela Porsche, que analisa situação financeira e antecedentes criminais do interessado.
Os serviços de agendamento são feitos por meio de um aplicativo para smartphone. Os usuários podem trocar de veículo a qualquer momento e quantas vezes quiser por dia. E motoristas contratados pela Porsche fazem a substituição no endereço solicitado.
Não há limite de dias, nem de quilometragem permitida para rodagem. O seguro está incluso e não é preciso se preocupar com manutenção e avarias. O cliente só precisará abastecer o tanque e sair por aí.
O funcionamento lembra um aluguel de carro por mês, mas sem restringir o usuário a um único modelo. Ou como um serviço de carros compartilhados no qual os veículos ficam na sua garagem.
A Porsche oferece dois pacotes. O plano Launch custa US$ 2.000 e dá acesso a oito modelos, entre eles o 718 Boxster, 718 Cayman S, Cayenne e Macan S.
O segundo plano, Accelerate, disponibiliza 22 modelos entre eles o 911 Carrera S, o Panamera 4S e o Macan GTS. A mensalidade é de US$ 3.000.
Para efeito de comparação, o leasing de um Macan GTS nos EUA custa US$ 1.200 por mês. Mas este valor não contempla custos de manutenção e seguro. Por outro lado, os clientes do Porsche Passport não podem personalizar ou escolher a cor de seus carros.
A notícia ruim é que, por enquanto, o Porsche Passport está disponível apenas na região metropolitana de Atlanta, nos Estados Unidos. Aparentemente, trata-se de um programa piloto que poderia se estender a outras cidades e até mesmo países dependendo da aceitação do serviço. Será que vai dar certo?