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PM do Rio de Janeiro pode ser mais uma vítima dos airbags mortais da Takata

Familiares indicaram corte no pescoço como causa; esta seria a segunda morte de um brasileiro causada pelo airbag só neste mês

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 dez 2024, 11h14 - Publicado em 25 dez 2024, 07h00
acidente
 (Internet/Reprodução)
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Motivador do maior recall do mundo, os airbags mortais da Takata podem ter feito mais uma vítima no Brasil. Seria o nono caso registrado no Brasil.

Um soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Marcel Magno , dirigia um Toyota Corolla quando bateu na traseira de um Fiat Fiorino, que freou para não atropelar uma moto que fazia uma bandalha, atravessando uma avenida pelo canteiro central. A colisão deflagrou o airbag e quando a polícia chegou ao local Marcel Magno já estava morto. 

O caso aconteceu na última segunda-feira (23). De acordo com o  G1, familiares disseram que a causa da morte foi um corte profundo que uma peça do airbag causou no pescoço de Marcel. QUATRO RODAS obteve a imagem da peça que supostamente foi projetada contra Marcel.

Peça airbag takata
(Reprodução/Acervo pessoal)

A Polícia Civil ainda investiga o caso, mas foi justamente a projeção de fragmentos metálicos o que motivou o recall dos airbags de mais de 100 milhões de carros no mundo inteiro. O carro do policial militar é um Toyota Corolla 2025/2016, que está envolvido no recall dos airbags Takata.

O Brasil ainda tem cerca de 2,5 milhões de carros com o recall dos airbags Takata pendentes, de um total de 5,8 milhões de carros envolvidos. A Toyota disse lamentar a situação e confirmou que o Toyota Corolla acidentado está com recall ativo para a troca do airbag.

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recall takata
Comunicado no site da Toyota sobre o recall dos airbags do Corolla (Reprodução/Toyota)

O caso do policial Marcel Magno pode ser a segunda morte motivada pelos airbags da Takata registrado no Brasil apenas em dezembro. No início do mês, o motorista de um Honda Civic colidiu com um outro carro e também teve o pescoço perfurado por estilhaços do airbag do carro. O caso aconteceu em Rio Verde (GO).

Troca dos airbags é gratuita

Os defeitos dos airbags Takata vieram à tona há 10 anos. A fabricante japonesa declarou à época que havia tomado conhecimento sobre os defeitos em 2008, mas uma reportagem do The New York Times revelou que a descoberta aconteceu em 2004.

airbag
Bolsas inflam em milésimos de segundo (Divulgação/Quatro Rodas)
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Tudo começou com a investigação de um acidente envolvendo um Honda Accord 2002, ocorrido em Alabama, Estados Unidos. Na ocasião, diversos detritos de metal atingiram o motorista no momento do acionamento da bolsa de ar. No entanto, os executivos da Takata teriam ignorado as sugestões dos engenheiros para a realização de um procedimento corretivo.

Havia versões do deflagrador menos e mais perigosas – que lançam pedaços metálicos em cerca de 50% das deflagrações. A Takata declarou falência neste ano, tendo sido adquirida pela rival norte-americana KSS.

Honda Takata Airbag Graphic Illustration

“A ativação do gerador de gases do sistema de airbag pode resultar em uma pressão excessiva e acarretar na ruptura do gerador de gases com a projeção de fragmentos metálicos para o interior do veículo”, diz um dos comunicados deste que foi o maior recall do mundo.

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Cada carro tem sua própria bolsa de airbag, adaptada às suas dimensões internas. Mas o deflagrador pode ser o mesmo: é o componente responsável pela reação química que gera gases quase instantaneamente para que o airbag se abra. Pode acontecer mais do que isso em airbags usados por carros de mais de 17 marcas fabricados entre o final dos anos 1990 até 2015.

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O recall afeta carros de praticamente todos os fabricantes. No Brasil, envolveu desde Fiat Uno, Chevrolet Celta e Nissan Frontier, até Honda Civic e Toyota Corolla, que são carros equipados com airbags há décadas.

São feitas novas convocações com regularidade, além do envio de mala direta aos proprietários, aproveitando o cruzamento das informações com a base de dados do Senatran.

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Carro com recall pendente não será licenciado

A nova lei de trânsito, que entrou em vigor em 12 de abril de 2021, obriga proprietários a fazerem os recalls de seus veículos para que o licenciamento anual seja liberado. Isso fecha o cerco aos carros com recall pendente no Brasil, onde a adesão a essas campanhas é pequena. 

O recall não atendido após um ano da notificação será automaticamente incluído no Certificado de Licenciamento Anual do veículo, e o mesmo só poderá ser licenciado a partir da comprovação do serviço realizado. 

Após fazer o reparo, a fabricante terá 15 dias para informar ao sistema do governo sobre o conserto feito em cada unidade. Já o proprietário terá um recibo com o dia, horário, duração e local onde o recall foi feito.

É um estímulo tão forte para a execução de qualquer recall.

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