A aposta da Peugeot no segmento de picapes médias já começou. A Peugeot Landtrek estreia agora no México e chega à República Dominicana em dezembro para em em 2021 ser lançada em Uruguai, Paraguai, Chile, Peru e em mercados da América Central.
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O Brasil, por sua vez, está em uma segunda etapa de lançamento junto com Argentina e Colômbia. Para os três o lançamento da picape ficou para 2022. A estratégia não tem relação apenas com o local de produção da picape, porém.
Se neste primeiro momento a picape Landtrek será fabricada apenas na China, onde foi desenvolvida em parceria com a Changan – a Kaicene F70 é sua irmã gêmea –, países que estão na segunda fase de lançamento já receberão unidades montadas no Uruguai, pela Nordex.
Neste primeiro momento a Landtrek será vendida apenas com motor 2.4 turbo a gasolina com 210 cv e 32,6 kgfm, com câmbio manual fornecido pela Getrag ou automático, da Punch Powertrain, ambos de seis marchas. A segunda opção é o 1.9 turbodiesel de 150 cv e 35,7 kgfm com câmbio manual de seis marchas Getrag. Dependendo do mercado, a tração 4×4 estará disponível com os dois motores.
A justificativa para o atraso em três grandes mercados do continente pode estar justamente na mecânica. Ao ser questionada sobre a estratégia, durante a apresentação virtual da picape para toda a América Latina, a Peugeot falou em adaptações para as exigências de cada mercado. Contudo, não deu detalhes do que pode mudar.
Isso poderia estar relacionado justamente ao motor turbodiesel, que é especialmente importante no Brasil e na Argentina. Além de chamar atenção por ter menos potência e torque frente as futuras rivais, também carece de câmbio automático, item cada vez mais requisitado mesmo em um segmento relacionado ao trabalho.
Além disso, QUATRO RODAS apurou que a Peugeot quer posicionar a Landtrek como concorrente das versões mais caras de Toyota Hilux e Chevrolet S10 no Brasil.
Pelas especificações divulgadas pela Peugeot, porém, a Landtrek não foge à luta. Além de ter componentes importantes de marcas de renome (como o câmbio Getrag e o diferencial traseiro com blocante da Eaton), a picape tem números interessantes.
Considerando as opções chassi-cabine, cabine simples e cabine dupla, a capacidade de carga varia entre 1.120 kg e 1.200 kg. Tem 29° de ângulo de ataque, 27° de ângulo de saída e 25° de ângulo ventral. A altura livre do solo é de 21,4 cm.
A picape mede 5,33 metros de comprimento, mesmo porte de rivais consagradas como Toyota Hilux e Chevrolet S10. São 1,96 m de largura, 1,87 m de altura e 3,18 m de entre-eixos.
Outra boa surpresa vem do pacote de equipamentos. No México, pelo menos, seis airbags, ajuste elétrico do banco do motorista e central multimídia com tela de 10 polegadas, com direito a 10 gb de armazenamento interno e 3 portas USB serão equipamentos de série.
As versões mais caras ainda têm ar-condicionado automático de duas zonas, rodas de 18 polegadas, sistema de câmeras 360°, alerta de saída de faixa, e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.
Por dentro, também chama atenção a semelhança entre o painel da Landtrek e o dos SUVs 3008 e 5008. Pode não ter quadro de instrumentos digital, mas tem os mesmos comandos de acesso rápido às funções da central multimídia sob os controles do ar-condicionado. A Peugeot ainda destacou o volante de dois raios, que têm diâmetro reduzido como nos carros de passeio da marca.
Atrás, a Landtrek também tem uma função vista na Volkswagen Amarok: o assento pode ser suspenso para permitir a colocação de carga no assoalho ou ter o encosto reclinado para levar volumes sem deformar o assento.
Dificilmente as adaptações da Peugeot para Argentina, Brasil e Colômbia estará na lista de equipamentos.
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