Respeitada por avaliar produtos de forma independente há mais de 80 anos, a Consumer Reports divulgou suas novas listas com os 10 melhores e os 10 piores carros vendidos nos Estados Unidos. O interessante para nós é que alguns deles são vendidos aqui no Brasil.
Para figurar na lista, os carros precisaram passar por testes rigorosos feitos pela própria publicação – com direito a teste de pista e desvio de situações de perigo –, além de uma pesquisa de confiabilidade e satisfação com os proprietários, mais os resultados dos crash-tests feitos pelas autoridades competentes.
Os dez melhores carros de 2017
Fabricado pela Mazda, lançado pela Scion e hoje vendido pela Toyota, o Yaris iA tem o porte de um Ford Fiesta Sedan. Entre os destaques do carro estão o refinamento (bom para um carro popular) e a suavidade do conjunto mecânico, formado por um motor 1.5 e o câmbio automático de seis marchas, ambos Mazda.
O comportamento dinâmico típico da Mazda foi elogiado, bem como a presença de sistema de frenagem automática em baixa velocidade. Ainda bem que a avaliação não leva em conta o visual…
Compactos: Chevrolet Cruze
Considerado médio no Brasil, o Chevrolet Cruze é um compacto nos EUA, e aparece na lista representando o hatch e o sedã. A Consumer Reports o considera uma versão menor dos Malibu e Impala, mantendo as qualidades (bom pacote de equipamentos e rodagem suave) e agregando um baixíssimo consumo de combustível do motor 1.4 turbo, sem prejuízo do desempenho.
No geral, o Cruze conseguiu bater os dois principais concorrentes, Honda Civic e Toyota Corolla – apesar de isso ainda não ter se refletido nas vendas, onde os dois japoneses continuam líderes.
Compactos híbridos: Toyota Prius
Pioneiros entre os híbridos produzidos em larga escala, o Toyota Prius não se destacou apenas pelo baixo consumo. Também é um carro confiável e maduro, mesmo com conjunto mecânico tão complexo. Além disso, sua nova geração está mais silenciosa, confortável e com mais equipamentos de segurança.
Esportivo: Mazda MX-5 Miata
Aqui o prazer ao dirigir tem peso, e nisso o Miata continua se destacando. O pequeno mas valente motor envia a força para as rodas traseiras por meio de um câmbio manual, como nos velhos e bons tempos.
Barato e confiável nos EUA, seu comportamento dinâmico em estradas sinuosas continua a ser referência, com respostas imediatas e excelente equilíbrio – e isso sem gastar quase nada de combustível.
Sedã médio: Kia Optima
O Kia Optima vendido nos Estados Unidos está a uma reestilização de distância do nosso. O sedã sul-coreano é destacado como uma boa alternativa em seu segmento por, ao mesmo tempo que tem bom espaço para um veículo familiar, tem boa dinâmica, motor potente, bons freios e comandos intuitivos.
Também é considerado bonito e confiável por seus compradores, com uma extensa garantia e boa qualidade no pós-venda – tanto que ficou à frente de Honda Accord e Toyota Camry, dois dos mais tradicionais concorrentes no setor.
Sedã grande: Chevrolet Impala
O Chevrolet Impala apenas repetiu o feito de outros anos. É grande, espaçoso (principalmente no banco traseiro, que recebe bem três adultos) e ao mesmo tempo confortável ao filtrar bem as irregularidades do asfalto, mantendo uma dirigibilidade bem agradável.
Não foi o melhor em confiabilidade, mas a satisfação dos proprietários e o preço mais baixo que a concorrência – a partir de US$ 39.110 – fez a diferença.
SUV compacto: Subaru Forester
Com presença discreta no Brasil, o Forester é considerado a referência em SUVs compactos pelos norte-americanos. Até mesmo o design quadradão e aparentemente antiquado foi elogiado – as grandes janelas e portas aumentam a praticidade e a sensação de espaço interno. Sobrou até críticas para concorrentes visualmente arrojados, mas que não oferecem tanto aproveitamento de espaço.
O desempenho do motor 2.5 boxer foi considerado decente, com ótimas marcas de consumo. E a fartura de sistemas de segurança complementou a vitória do japonês em terras americanas.
SUV médio: Toyota Highlander
Em um dos segmentos mais disputados dos EUA, o Toyota Highlander foi descrito como satisfatório em todos os quesitos, sem falhas, com grande confiabilidade e satisfação dos proprietários.
Entre os destaque estão a versatilidade das três fileiras de bancos, tração integral, equipamentos de segurança e porta-malas generoso. Também pesou a favor seu bom desempenho e consumo do seu motor V6.
SUV de luxo: Audi Q7
O Audi Q7 tem espaço para sete passageiros como o Highlander, mas nele todos gozam de mais conforto. Isso já era esperado de um carro de luxo, bem como o bom isolamento acústico e acabamento.
Tanto nos teste de pista quanto nas pesquisas de confiabilidade e satisfação, o Q7 teve as melhores notas entre todos os carros listados aqui. Sobraram elogios para o sistema de entretenimento, o rodar suave e rápido, os bons freios e o pacote de equipamentos de segurança.
Picape: Honda Ridgeline
Assim como a brasileira Fiat Toro, a Honda Ridgeline tem carroceria monobloco. Talvez por isso seu conforto e agilidade sejam comparados aos de um sedã. Apesar de sua capacidade de reboque não ser tão grande quanto a de concorrentes, é mais econômica e versátil, com um sistema de caçamba modular (e com áudio externo) bastante elogiado pelos proprietários.
Os 10 piores carros
Agora pegue todos os critérios citados acima (desempenho, consumo, conforto, praticidade, segurança, confiabilidade, satisfação) e inverta a ordem dos melhores. Abaixo, os dez piores carros do mercado americano, na avaliação da Consumer Reports.
Subcompacto: Mitsubishi Mirage
Elétrico: Mitsubishi i-MIEV
Compacto: Fiat 500L
Sedã médio: Chrysler 200
Picape compacta: Toyota Tacoma
SUV familiar: Dodge Journey
Sedã de luxo: Mercedes-Benz CLA
Sedã médio de luxo: Maserati Ghibli
SUV compacto de luxo: Land Rover Discovery Sport
SUV grande: Cadillac Escalade
O vídeo abaixo está em inglês, mas explica os motivos de eles terem ido tão mal nas avaliações: