Omoda e Jaecoo querem fábrica da Caoa e podem ter outros nomes no Brasil
Com estreia confirmada no Brasil para 2024, novas marcas da Chery ainda alinham suas estratégias e decidem até mesmo os próprios nomes
![jaecoo_j7](https://beta-develop.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/10/jaecoo_j7_1.jpeg?quality=70&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Omoda e Jaecoo, as novas marcas do Grupo Chery, estão quase prontas para a estreia no Brasil, em 2024. Antes disso, alguns detalhes seguem sendo ajustados, como posicionamento, fábrica e até seus nomes.
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Estas questões foram abordadas em entrevistas exclusivas a jornalistas brasileiros durante um evento global da Chery em Wuhu, na China, no qual QUATRO RODAS está presente.
Os executivos das marcas, que terão operação conjunta e independente da CAOA, não escondem que há um grande desejo por uma fábrica no Brasil. A questão, porém, é a relação estremecida com a CAOA, que estaria colocando barreiras para o uso da fábrica de Jacareí (SP) pela Chery Internacional, segundo Mr. Shawn, presidente global de Omoda e Jaecoo. A fábrica está parada desde maio de 2022 e, pela sociedade, é metade da Chery e metade da Caoa.
![https___www.carscoops.com_wp-content_uploads_2023_10_Chery-Omoda-5-EV-2-1024×576 Omoda E5](https://beta-develop.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/10/https___www.carscoops.com_wp-content_uploads_2023_10_Chery-Omoda-5-EV-2-1024x576-1.webp?&w=1024&crop=1)
Assim, segundo Mr. Shawn, caso a Chery não chegue a um acordo com o grupo brasileiro, construirá uma nova fábrica. Ainda é cedo, porém, para dizer onde seria a nova unidade. Mr, Zhang, presidente global do Grupo Chery, disse ainda que esta fábrica terá potencial para exportação a outros países.
Também não se sabe ainda se uma decisão sobre o assunto será tomada antes da estreia das marcas no Brasil, confirmada para 2024. A Omoda chegará primeiro com o SUV com motor a combustão C5, que chegou a ser testado pela CAOA no Brasil – assunto que rende risos engasgados da equipe chinesa da Chery Internacional.
![Omoda E5 Omoda E5](https://beta-develop.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/10/https___www.carscoops.com_wp-content_uploads_2023_10_Chery-Omoda-5-EV-6.webp?&w=1024&crop=1)
A Jaecoo chegará depois (mas ainda em 2024) para dividir os espaços físicos. As marcas operarão em conjunto não apenas como empresa, mas também a rede de concessionária. Ambas dividirão showroom, com diferenciações de layout para cada uma. Segundo Alex Wang, diretor de Omoda e Jaecoo no Brasil, a expectativa é de que as marcas estreiem com 40 lojas abertas em 2024. Ele também aponta que já estão em processo de conversa com concessionários brasileiros, que demonstram interesse.
![omoda-c5 Omoda C5](https://beta-develop.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/09/omoda-c5-e1695131441923.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Um ponto sensível para as marcas será algumas nomenclaturas, a começar pela menos problemática, a do Omoda C5, cujo nome remete ao Citroën C5 e que pode até gerar uma disputa com a francesa no Brasil. Sobre este, o time das marcas disse que é uma mudança fácil de ser realizada e que sempre acontece para diversos mercados. Assim, é provável que ele passe a se chamar apenas 5 – ainda não é uma solução ao gosto do brasileiro.
![omoda-c5-5 Omoda C5](https://beta-develop.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/09/omoda-c5-5-e1695131510743.png?&w=1024&crop=1)
Já a Jaecoo, cuja pronúncia é “djeicú”, já gera comentários dos brasileiros, conforme QUATRO RODAS notou nas publicações sobre a marca. Quando questionados sobre uma possível mudança para o Brasil, os executivos mostraram-se preocupados. Eles não sabiam sobre o problema da pronúncia da última sílaba de Jaecoo no Brasil e disseram que vão realizar novas pesquisas para uma possível alteração em nosso mercado.
![omoda-c5-4 Omoda C5](https://beta-develop.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/09/omoda-c5-4.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Segundo Mr. Shawn e Mr. Zhang, é uma mudança difícil, mas possível, já que isso acontece com a Chery em outros mercados. No México, a marca adota o nome Chirey. Neste caso, a alteração foi feita por uma impossibilidade jurídica do uso do nome Chery, já comprado por outra empresa.
Sobre o posicionamento das marcas, que só terão SUVs, os executivos dão algumas dicas e evitam citar suas maiores concorrentes, BYD e GWM. O Omoda C5, por exemplo, chegará como um concorrente de Toyota Corolla Cross e Jeep Compass, embora seja menor.
![jaecoo-j7-2 Jaecoo J7](https://beta-develop.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/09/jaecoo-j7-2.png?&w=1024&crop=1)
Por outro lado, a marca estuda lançar o Omoda E5, versão elétrica do SUV, por aproximadamente R$ 200.000, o que invalidaria a concorrência da versão a combustão com SUVs médios, que já ocupam esta faixa. Assim, é possível que o modelo a gasolina tenha preços mais próximos dos SUVs compactos – o que faria mais sentido.
Já a Jaecoo ficará acima, como um segundo estágio após a Omoda. Neste caso, a marca havia dito que o primeiro a chegar seria o J7 a combustão, seguido do híbrido. Parece, porém, que a decisão mudou: agora, o que se diz é que a Jaecoo terá apenas modelos eletrificados.
![2024-jaecoo-7-interior-645b012082d2f Jaecoo J7](https://beta-develop.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/10/2024-jaecoo-7-interior-645b012082d2f.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
A Chery acredita ainda que, juntas, Omoda e Jaecoo ocuparão alguma posição entre as dez marcas mais vendidas no Brasil, passando a Caoa Chery. Esse plano inclui promessas como a venda de modelos a combustão, híbridos e elétricos, com alta tecnologia, garantia de peças e de pós-vendas.
A existência de modelos puramente a combustão, por exemplo, é um diferencial na visão da marca frente às demais chinesas. Segundo o presidente global do grupo Chery, não há como falar em uma eletrificação total a nível global, já que alguns mercados ainda pedem e precisam de carros a combustão, como é o caso do Brasil, por questões econômicas e de infraestrutura. Por aqui, a propósito, os modelos poderão ter motor flex.