O que faz o novo Toyota Yaris japonês ser muito melhor que o brasileiro
Com plataforma modular, sistema híbrido e tração integral, hatch pode andar sozinho, reconhecer placas e até girar os bancos para facilitar acesso
Um novo Toyota Yaris foi apresentado, mas não estamos falando do modelo brasileiro: foi o japonês, que também será europeu, e que, mesmo na geração anterior, já era melhor que o nosso.
Enquanto o carro vendido por aqui é uma reestilização da versão criada para mercados emergentes, outros países terão um hatch completamente novo – até na estrutura.
Nosso modelo é feito sobre a Plataforma B, igual à do Etios e também à da segunda geração do Yaris, vendida em 2005. Já o novato que irá à Europa tem conceito modular TNGA (GA-B).
Para ter ideia da evolução, o recém-apresentado Yaris japonês ficou 50 kg mais leve e 30% mais rígido, enquanto o centro de gravidade foi rebaixado 15 mm em relação ao anterior.
Mas fique tranquilo: por aqui, essa nova plataforma GA-B deverá chegar em breve, com a estreia do SUV compacto de origem Daihatsu que será fabricado no Brasil em 2021. A má notícia: ela deve ser simplificada.
Apesar de atrasado em relação a outros mercados, o nosso Yaris – de origem tailandesa – sobreviverá por mais algum tempo – ao contrário do Etios, que ficou em situação delicada desde o ano passado.
Isso significa que não teremos alguns dos recursos do hatch japonês, como controle de velocidade adaptativo, reconhecimento de placas ou até frenagem de emergência.
O Yaris que chegará à Europa também está à frente em cordialidades: ele é o primeiro da marca capaz de estacionar sozinho e até gira os bancos para facilitar o acesso.
Haverá diferentes combinações de conjuntos mecânicos. De 1.0 com câmbio CVT a 1.5 com câmbio manual de seis marchas, haverá até opções híbrida e com tração integral.
A Toyota ainda não revelou as dimensões da nova geração apresentada lá fora, mas o anterior era 20 cm menor, 4 cm mais estreito e 2 cm mais alto que o Yaris brasileiro.
Pelas imagens, podemos esperar uma coisa: o modelo feito em Sorocaba (SP) continuará maior do que o homônimo japonês. Pelo menos isso…