O homem que guarda 14 VW vermelhos refrigerados a ar em sua garagem
Aposentado mantém coleção com 14 clássicos da marca alemã na mesma cor. Coleção vai de Fusca a Zé do Caixão, passando pela Kombi
Nada mais apropriado para uma revista com quase 59 anos de tradição, como a QUATRO RODAS, do que contar a história de um fiel leitor.
Mais do que leitor desde a edição número 1, o médico e professor aposentado Roberto Gabarra, de 73 anos, é um colecionador de carros.
Mas ele não tem uma coleção qualquer: na sua garagem em Botucatu (SP) ele guarda 19 veículos antigos. A graça? São 14 modelos da Volkswagen vermelhos e refrigerados a ar. Todos restaurados ali mesmo por Roberto.
Do Fusca à Saveiro, passando pelo Zé do Caixão e Brasília, o professor universitário sempre usou como referência para recuperar a originalidade dos carros sua outra coleção: as 710 edições da revista QUATRO RODAS.
“Meu filho se alfabetizou por ela. Com quatro anos de idade, ele já conhecia modelos e marcas”, comenta o aposentado.
Ele conta que o gosto pelo universo automotivo sempre esteve presente na família Gabarra. “Tudo começou com um tio-avô que participava de corridas de calhambeque.
Já o interesse de Roberto começou no fim dos anos 70, quando ainda jovem adquiriu um VW SP2. Na época, o carro estava longe de ser uma relíquia e encontrava-se em ótimo estado.
Mas foi ao comprar o Karmann-Ghia 1962 e o Fusca 1967 que teve a ideia de reformar os próximos que comprasse e repintá-los de vermelho.
“Dos 14 veículos, 3 tinham essa cor originalmente”, diz ele, que costuma investir de dois a quatro anos no processo de restauração de cada um.
Sua garagem guarda também boas histórias. Uma delas é do Karmann-Ghia, que pertenceu a um colega da época de faculdade. Quando o amigo foi embora da cidade, vendeu o esportivo a uma professora, que viria a falecer anos depois.
Já nas mãos do filho dela, o carro se acidentou e foi comprado pelo pai do garoto, que deu a Roberto para restaurar e com quem está até hoje, há mais de 20 anos. “Acho que era para ser meu mesmo.”
Chineses adoram as grades enormes da BMW, que não vai se render às críticas