O bairro de São Paulo que está se transformando na Detroit brasileira
Em um raio de menos de 1 km, na zona sul de São Paulo, dez marcas automotivas de diversas nacionalidades mantêm os escritórios de suas operações

Até a metade do século 19, a cidade de Detroit, nos EUA, era a meca do mundo automotivo. A região, no estado do Michigan, reunia as chamadas Big Three – Ford, GM e Chrysler – e outras menores que ao longo dos anos foram fechadas ou incorporadas pelas maiores. A Itália também tem sua Detroit, em Modena, na região da Emília-Romanha, com Ferrari, Maserati, Lamborghini.
Na capital paulista, na região do Brooklin, da atualidade, há um fenômeno que pode se dizer semelhante. Troque as linhas de montagem pelos escritórios e os uniformes pela roupa social, e eis a nossa Detroit: a reunião geográfica das fabricantes automotivas, de diversas nacionalidades.
Ao todo, nove fabricantes se instalaram na região, algumas no mesmo prédio. Na Av. das Nações Unidas, a coreana Hyundai divide o complexo Rochaverá Corporate com as chinesas recém–chegadas Omoda e Jaecoo.

No complexo vizinho, o WT Morumbi, está o escritótio da alemã Audi, uma das pioneiras a se estabelecer por ali. Em breve ela terá a companhia da global Stellantis, a décima empresa a chegar. Com isso, marcas como Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot, Ram e Leapmotor serão comandadas dali.
Na Avenida Chucri Zaidan, outras duas alemãs, BMW e Porsche, recentemente, receberam no Morumbi Corporate as chinesas BYD e GAC.
A japonesa Honda tem prédio próprio para abrigar a sede das operações de motos e de serviços financeiros, na Rua José Áureo Bustamante. E próximo dali está o escritório da também chinesa GWM, na Rua Arquiteto Olavo Redig de Campos. Com a chegada de novas chinesas ao país, não será surpresa que mais alguma se instale naquela região.
