Novo Volkswagen Golf é o último a combustão, mas ficou mais elétrico
Além de passar por mudanças de design, o último Golf com motores a combustão fica mais potente e ganha mais autonomia elétrica
Com 37 milhões de unidades vendidas em todo o mundo ao longo de meio século, é possível dizer que todos os dias se vendeu um Volkswagen Golf em algum lugar do planeta nos últimos 50 anos. O modelo foi (e ainda é) tão importante para o fabricante alemão que quase se pode considerar uma marca dentro da Volkswagen.
Nunca ao longo destas cinco décadas houve grandes saltos estilísticos nas trocas de geração do Golf, e isso volta a não acontecer no modelo 2025, principalmente por se tratar de uma reestilização, e não de um carro totalmente novo.
Por fora notamos os novos traços mais retos e estreitos na parte interior dos faróis full-led (opcionalmente matriciais IQ.Light LED, com um facho que pode chegar a 500 metros de alcance), que podem (também como opcionais) ter o logotipo VW iluminado (pela primeira vez no mercado europeu).
Na traseira, também podem aparecer as novas lanternas em led com efeitos de boas-vindas ou despedida, cujas animações podem ser configuradas (três diferentes opções) através do sistema multimídia. São três diferentes opções.
Multimídia atualizada e a volta dos comandos físicos
No interior, o destaque vai para os novos hardware e software da central multimídia, que chega à sua quarta geração (MIB4). O funcionamento evoluiu no sentido de se tornar melhor e mais simples, graças aos novos gráficos e a uma nova estrutura de menu na tela sensível ao toque. O sistema estará disponível em duas variantes: com 10,4 polegadas e, na versão de topo, com 12,9 polegadas.
A tela é dividida em duas barras táteis na parte superior e inferior, e um menu inicial ao centro, permitindo que o motorista possa atribuir funções favoritas de acesso direto em grandes áreas da barra superior e do menu inicial.
A vantagem desta nova configuração é que a barra superior configurável e a barra inferior estática estão sempre visíveis mesmo quando se abrem várias funções na forma de aplicações no menu inicial. Os engenheiros alemães garantem ainda que o sistema MIB4 está muito mais rápido.
As superfícies deslizantes dos comandos da temperatura e do volume do áudio têm iluminação, uma falha das primeiras gerações do MIB. Outra falha corrigida foi a volta de comandos para funções de maior uso no painel, antes “escondidos” na multimídia. Há um head-up display opcional.
É possível usar botões (que também voltam a ser comuns, não sensíveis ao toque) no redesenhado volante para escolher entre duas configurações gráficas básicas: Clássica (com mostradores redondos) e Progressiva (em blocos). A área à volta da instrumentação redonda ou dos blocos pode ser usada para mostrar com o mapa da navegação ou os sistemas de assistência, enquanto no seu interior podem ser mostradas diversas informações. Os Golf GTI, GTE e R-Line têm perfis de informação específicos.
Também houve evolução nos sistemas de assistência à condução. Destaque para a possibilidade de efetuar o estacionamento (entrada e saída de vagas) de forma remota, controlando o movimento do Golf através de um smartphone, de fora do veículo. É possível acelerar, frear e girar as rodas.
Plug-in com até 100 km de autonomia elétrica
Não há alterações estruturais ou de câmbio no novo Golf, mas a gama de motorizações apresenta algumas novidades. A começar pelos híbridos plug-in, que passam a usar uma evolução do motor 1.5 turbo, em parceria com câmbio automático de dupla embreagem de seis marchas, e uma bateria maior, de 19,7 kWh – contra 10,6 kWh da anterior – que alimenta o motor elétrico.
Duas versões utilizam este conjunto: a básica, eHybrid, segue com os mesmos 204 cv de potência. Já a topo de linha, GTE, entrega até 272 cv – são 27 cv a mais em relação ao modelo antes da reestilização. A maior novidade, porém, está na autonomia elétrica. Ambas as versões, agora, podem rodar até 100 km sem gastar gasolina. A autonomia híbrida pode chegar a 1.000 km.
Com a bateria maior, é importante que a velocidade de recarga também aumenta – e foi o que aconteceu. Agora, em carga lenta, o modelo pode ser recarregado a até a 11 kW (anteriormente apenas a 3.6 kW). Ou, em alternativa mais rápida, em corrente contínua (DC), até 50 kW (que não existia na anterior geração).
Nas versões de entrada, os motores 1.5 eTSI dispõem de tecnologia de 48 volts (híbrido-leve) e sistema de desativação de cilindros, estando acoplados a um câmbio DSG de sete marchas, seja na versão de 115 ou na de 150 cv. O mesmo motor, mas sem sistema de 48 V, é montado nos 1.5 TSI com câmbio manual (e potência idêntica).
A versão 2.0 TSI (que chega apenas em 2025 e terá tração nas quatro rodas) estará disponível com mais potência: 204 cv, 14 a mais do que no seu antecessor. No GTI (com motor 2.0 turbo e câmbio DSG de 7 velocidades), também há aumento na potência, que passa a ser de 265 cv (20 cv extras).
Os dois 2.0 TDi (diesel) mantêm as versões de 115 cv (câmbio manual de seis marchas) e de 150 cv (DSG de 7). A perua Golf Variant estará disponível com todos os motores eTSI, TDI e TSI até 204 cv. Na segunda metade de 2024 será iniciada a comercialização das versões GTI Clubsport, R e Variant R.