Novo Jeep Cherokee é híbrido que faz 18 km/l e custa menos que Commander
Nova geração estreia no final de 2026 nos EUA com sistema híbrido pleno de 213 cv que foca na economia de combustível
A nova geração do Jeep Cherokee está cada vez mais próxima de chegar ao mercado americano, onde acaba de ser apresenta à imprensa. Além do visual renovado, o SUV usa a nova plataforma STLA Large, responsável por torná-lo o primeiro Cherokee híbrido nos EUA.
Quando a marca anunciou e mostrou imagens da nova geração, ainda não sabíamos qual seria essa motorização, mas agora a confirmação veio. Será um conjunto híbrido pleno, carregando de baixo do capô um motor 1.6 turbo de quatro cilindros, que entrega 179 cv e 30,59 kgfm. Para ajudá-lo, há dois motores elétricos alimentados por uma pequena bateria de 1,08 kWh.
Combinados, os três motores entregam 213 cv e 31,81 kgfm, com o torque chegando “significativamente mais cedo” se comparado ao motor 2.4 a gasolina da geração anterior, como explicou o chefe de sistemas de propulsão global da Stellantis, Micky Bly.
O foco é a economia de combustível, com o conjunto podendo fazer até 15,7 km/l em ciclo combinado, segundo a Stellantis. Onde o conjunto brilha mesmo é na cidade, registrando média de 17,8 km/l, enquanto na estrada o consumo médio divulgado pela montadora é de 14 km/l.
A transmissão é do tipo CVT e entrega a tração para as quatro rodas, podendo desconectar o eixo traseiro para melhorar o consumo.
Visualmente, o Cherokee bebe da mesma fonte do novo Compass. O design é marcado por linhas mais retas, em especial, na porção acima dos faróis. A grade é larga e estreita, enquanto o para-choque é bem elevado, tendo elementos verticais que o interliga aos faróis.
A maior novidade, porém, fica na traseira, que ainda não havia sido mostrada. O Cherokee terá luzes bem grandes e retangulares. A placa ficará bem no meio da porta do porta-malas, em um nicho próprio. Na traseira o para-choque é mais discreto e baixo, enquanto as rodas irão variar entre 17 e 20 polegadas.
Graças a nova plataforma, o Cherokee pode ficar maior. A nova geração mede 4,77 m de comprimento, 2,12 m de largura, 1,71 de altura e 2,87 m de entre-eixos. Para efeito de comparação, ele é apenas 1 cm maior que o Commander, embora tenha 8 cm a mais de entre-eixos.
Apesar de maior, o espaço para pernas da segunda fileira foi reduzido de 1023 mm para 977 mm. Por outro lado, há mais espaço no porta-malas, com 992 litros ou 1.934 litros com os bancos abaixados, um aumento de 30%, segundo a Jeep. A marca também afirma que o aumento foi um pedido dos clientes.
A cabine ganha um design mais minimalista, mas não como nos SUVs chineses. O Cherokee mantém vários controles físicos, como os do ar-condicionado, por exemplo. Porém eles estão organizados de maneira mais discreta em uma moldura horizontal abaixo da central multimídia de 12,5’’, com Android Auto e Apple Car Play sem fio.
Já o quadro de instrumentos digital também é grande, com 10’’. O console central também foi mudado, abrigando um seletor de marchas rotativo e um pequeno interruptor para selecionar os modos de condução (Auto, Sport, Snow, e Sand/Mud).
Entre os equipamentos, o SUV terá assentos dianteiros aquecidos e ventilados, banco traseiro aquecido, teto solar de painel duplo, sistema de áudio Alpine, “travas digitais” para as portas e porta-malas elétrico. Haverá também diversos recursos ADAS, como frenagem autônoma de emergência com reconhecimento de pedestres e ciclistas, assistente de centralização em faixa, piloto automático adaptativo, monitor de ponto cego, entre outros.
Como opcional, estão disponíveis câmeras de visão 360º, retrovisor interno por câmera, sistema de visualização de ponto cego com a seta ativada.
A Jeep não mudou os planos de lançamento e as primeiras entregas do novo Cherokee estão previstas para o final deste ano, com as versões Limited e Overland, enquanto as variantes mais baratas só serão entregues a partir de 2026.
O preço começa em 36.995 dólares, aproximadamente R$ 200.512. Nos EUA o SUV encontrará a concorrência de modelos como o Hyundai Tucson, Kia Sportage e Toyota RAV4, todos também híbridos.
