A Stellantis já disse que trará novos carros elétricos ao Brasil, e uma aposta natural é o novo Citroën C3 elétrico. O compacto — que concorreria aqui com o Renault Kwid E-Tech, entre outros — teve seus preços anunciados, e os valores surpreendem.
São duas versões, Feel e Live, que chegam por montantes entre 1,15 e 1,24 milhão de rúpias, equivalentes a R$ 72.200 e R$ 78.020, respectivamente. O valor inclui isenção fiscal cedida pelo governo da Índia. Em uma rápida regra de três, a diferença de preços entre o C3 Feel e o e-C3 Feel seria equivalente ao modelo elétrico de topo custar em torno de R$ 130.000 no nosso mercado.
Entre uma versão e outra do Citroën e-C3, as principais mudanças incluem detalhes estéticos como itens cromados no lugar de plásticos foscos, chave presencial e ajuste de altura do banco. Central multimídia de 10,2’’, quatro alto-falantes e volante multifuncional também são exclusividade da versão Feel.
O que muda no C3 elétrico?
Em receita semelhante à adotada pela Renault em seu Kwid E-Tech, o C3 a baterias é praticamente indistinguível da variante a combustão — na verdade, ainda mais do que o rival. Para conseguir diferenciar o modelo elétrico Citroën, só reparando na ausência de escapamento, no pack de baterias sob o carro ou no bocal de carregamento, que fica à direita do capô.
Internamente, a receita se repete: a grande diferença é a alavanca de câmbio dando lugar ao pequeno seletor de marcha. O painel se mantém idêntico e o criticado quadro de instrumentos apenas muda as informações que exibe. Pelo menos o conta-giros não faz falta em um elétrico.
Assunto sensível para um elétrico, o ar-condicionado do e-C3 está tropicalizado: a fabricante diz que adaptou o resfriamento da cabine para o calor indiano, equilibrando capacidade térmica e nível de comprometimento do alcance.
Mecânica do C3 elétrico
Ambas as versões trazem motor síncrono de ímãs permanentes, com 57 cv e 14,6 kgfm. São especificações voltadas para o uso urbano, tanto que o e-C3 tem velocidade máxima de 107 km/h e a aceleração declarada é de 0 a 60 km/h, no qual o modelo marca 6,8 s.
Entre outros detalhes, o modelo tem suas baterias refrigeradas a ar (ao invés de algum líquido refrigerante). Isso, na prática, faz com que a previsão de autonomia do carro varie mais bruscamente; o alcance declarado, em ciclo MIDC, é de 320 km, provavelmente maior do que a vida real.
Em corrente contínua, é possível carregar as células de 10% a 80% em cerca de 57 minutos. Na tomada residencial, levá-las de 10% a 100% leva cerca de 10h30. As baterias têm garantia de 7 anos ou 140.000 km, o que vier primeiro. O motor elétrico tem 100.000 km ou 5 anos e o veículo em si tem 3 anos ou 125.000 km