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Novo CEO da Stellantis decidirá quais das 15 marcas do grupo podem sobreviver

A direção atual da Stellantis parece estar disposta a abrir mão de marcas menos lucrativas como Lancia, Alfa Romeo, Maserati, DS, Chrysler e Dodge

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 28 fev 2025, 13h56 - Publicado em 28 fev 2025, 13h00

Desde a renúncia de Carlos Tavares, em dezembro de 2024, a Stellantis está sem um CEO titular. O cargo está na posse interina de John Elkann, presidente do conselho administrativo do grupo.

Enquanto o vaga não é preenchida, os problemas vão se acumulando. Ao todo, o conglomerado reúne 15 marcas e, como é de se esperar, nem todas fazem o mesmo sucesso. Logo, existe uma grande possibilidade da Stellantis acabar se abrindo mão de algumas delas.

Essa será a missão de quem assumir a posição de CEO. Tavares renunciou, justamente, por divergências em relação ao futuro do grupo. Para o ex-CEO, todas elas tinham futuro e sua briga era para salvá-las.

Peugeot 2008 GT T200 2025 (1) — Peugeot, Fiat e Jeep são as mais lucrativas e não correm o risco de serem abandonadas pela Stellantis (Pedro Bicudo/Peugeot)

Só no primeiro semestre de 2024, a Stellantis viu seus lucros caírem 48%. Os dados oficiais serão apresentados ainda essa semana, mas nem mesmo as melhores marcas foram bem. A Peugeot, por exemplo, teve apenas 4,9% de participação na Europa.

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Mas essa tem a salvação praticamente garantida, assim como a Fiat. Cada uma representa uma fatia de 20% nas vendas globais da Stellantis, de acordo com a estimativa da Reuters. A Jeep vem na sequência, com 15%.

O problema está nas marcas mais renomadas, que têm um forte apelo em determinado mercado, mas não são tão lucrativas. Se Alfa Romeo e Masserati vieram em sua mente, você acertou.

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Maserati Grecale — Maserati sempre foi muito protegida por Tavares, mas agora seu futuro pode ser longe da Stellantis (Divulgação/Maserati)

A Alfa está inserida no segmento de luxo, mas está longe de ter o mesmo sucesso da BMW, Audi ou Mercedes. Ela representou apenas 1% das vendas globais do grupo e junto com as colegas de Stellantis, Lancia e DS — outras duas fortes candidatas a serem descontinuadas — teve apenas 0,3% de participação na Europa.

Dodge Charger Hurricane 2025 — Do lado americano, Dodge e Chrysler são as que mais preocupam (Divulgação/Dodge)

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A Maserati era uma das marcas defendidas por Carlos Tavares, mas que anda muito mal das pernas. Segundo o levantamento da Reuters, a fatia deles dentro da Stellantis é 0%.

Do lado americano da Stellantis, quem mais preocupa é a Chrysler e a Dodge. Ambas as marcas têm forte apelo por sua história, mas sua realidade atual é bem diferente.

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A Chrysler sobrevive das vendas da minivan Pacifica, enquanto a Dodge viu seu portifólio ser reduzido, restando apenas o Charger elétrico e os SUVs Hornet e Durango. Cada uma das marcas vendeu menos de 150.000 nos EUA em 2024 e, dentro da Stellantis, tiveram apenas 3% de participação.