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Novas baterias mais baratas podem durar muito, basta descarregar tudo

Yi Cui chegou à conclusão que pode viabilizar a promissora, embora antiga, tecnologia lítio-metal

Por Julio Cabral
Atualizado em 6 Maio 2024, 17h35 - Publicado em 19 fev 2024, 18h02
As baterias de íon-lítio são mais caras e pesadas do que as de lítio-metal
As baterias de íon-lítio são mais caras e pesadas do que as de lítio-metal (Reprodução/Divulgação)
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A pesquisa de novas tecnologias de baterias é uma luta que envolve a busca de alcance, o aumento de armazenagem e custos menores. Em busca de soluções cada vez mais sofisticadas, uma simples pode ser a alternativa: uma bateria de lítio-metal.

Talvez você encontre uma delas em seus pequenos eletrônicos. No entanto,  quando a aplicação é em carros elétricos, a dificuldade de recarga sempre foi um empecilho. Sempre até agora. O cientista sino americano Yi Cui pode ter chegado à solução para resolver esse empecilho.

Professor e pesquisador da universidade de Stanford, uma das mais prestigiadas dos Estados Unidos, Yu Cui têm mais prêmios em pesquisa de materiais do que muitos cientistas de peso reunidos. Não é por acaso que ele é uma pessoa-chave em institutos voltados aos problemas e soluções de energia.

Baterias do tipo têm um lítio-metálico como anodo, já as de íon-lítio usam grafite na sua composição. O problema é a durabilidade delas, dado que não resistem à recargas repetidas. Capazes de armazenar mais energia, elas também são mais leves e, talvez, o mais importante: são consideravelmente mais baratas.

A despeito de várias vantagens, elas são tolhidas pela pouca durabilidade, não comportando um número grande de ciclos de recarregamento continuados. Quando usadas em aparelhos eletrônicos, as baterias do tipo nem sequer podem ser recarregadas de maneira segura. Não dê uma de professor Pardal em casa. 

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Em seu estudo mais recente, Yu percebeu que o problema das recargas poderia ser resolvido com uma solução mais do que simples: é só deixar elas descarregarem totalmente. Depois disso, basta esperar algumas horas para poder recarregar novamente. Sim, elas se reparam sozinhas. É quase que um “fígado” automotivo. 

O processo é complicado, mas pode ser resumido ao seguinte: o eletrólito sólido (no caso, o metal) é dissolvido e ajuda a recuperar o lítio desgastado. Estável, o processo pode permitir autonomias superiores a 1.100 km. Tudo isso sem perder as vantagens de custo e leveza. A esperteza de Yu vai longe para você ir também.

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