Nova Nissan Frontier mantém a base da Triton, mas o restante será (bem) diferente
Executivo da Nissan australiana garante que a picape mudará (muito) o design interno e externo e contará com tecnologias exclusivas da marca

Já é de conhecimento que a nova geração da Nissan Frontier chega ao mundo com o nome de Navara em 2027. E sim ela tem a mesma plataforma que a Mitsubishi Triton, marca que a Nissan tem uma aliança já há algum tempo. Porém, segundo a Drive Australiana, um executivo de alto escalão da Nissan de lá garantiu que a Frontier manterá o DNA Nissan.
Portanto a plataforma será a da Mitsubishi Triton, mas o design interno e externo deve mudar bastante e ainda há a possibilidade da introdução de tecnologias Nissan.
Em entrevista ao portal Drive o diretor administrativo da Nissan Oceania, Andrew Humberstone, disse que não será uma simples reformulação da Triton. “Estamos nos certificando de que seja muito um Nissan. Então faremos uma série de mudanças para garantir que seja esse o caso”, disse Humberstone.
E acrescentou que a Nissan acredita que tem benefícios em tecnologia que pode adicionar ao projeto, em vez de simplesmente pegar a Triton e colocar sua própria pele nela. A marca também garantiu que a Frontier corrigirá os erros do modelo anterior, lançado em 2014.
A expectativa é que a suspensão traseira seja a mesma da Triton. Ou seja, o tradicional feixe de molas, com um segredinho: com o uso de aço mais resistente, puderam usar três lâminas em vez de quatro, para aumentar o curso da suspensão traseira e deixá-la mais confortável sem que perca a postura quando carregada.
A atual Frontier adotou, de forma controversa, molas helicoidais traseiras para modelos de chassi sem cabine, que a Nissan reformulou duas vezes em três anos devido a críticas de flacidez excessiva sob carga.“Você sabe, você carregaria o carro, [e haveria uma diferença notável entre] a frente e a traseira. Claramente, não repetiremos esse erro”, disse François Bailly, diretor de planejamento da Nissan para a região AMIEO (África, Oriente Médio, Índia, Europa e Oceania).
Quanto ao conjunto mecânico é mais provável que a Frontier herde o novo motor diesel de quatro cilindros e 2,4 litros biturbo da Triton. E há ainda a possibilidade de ser equipada com a motorização do novo Mitsubishi Outlander PHEV, com algumas adaptações.
O SUV híbrido tem motor 2.4 aspirado a gasolina aliado a outros dois elétricos para gerar 255 cv. Além de adaptar o sistema para os motores a diesel da picape, também fala-se de utilizar uma bateria maior que a de 20 kWh do Outlander, que garante 87 km de autonomia elétrica para o SUV. Como a Frontier é um veículo maior e mais pesado, certamente esse alcance seria menor.