Nova geração do Duster terá lançamento adiantado para 2024
Com mudanças no motor e na plataforma para ficar mais eficiente, nova geração do SUV compacto estreará dois anos mais cedo
A Dacia pode antecipar o lançamento de uma nova geração do Duster, informou o site francês L’Argus. A informação veio após o comentário do diretor de produtos da romena, Marc Suss, que anunciou mudança do cronograma do SUV durante a apresentação do Sandero 2021.
Prevista para cumprir os oito anos de vida-útil que a Dacia costuma adotar, a segunda geração do Duster, lançada em 2018 na Europa e em março no Brasil, deverá passar o bastão mais cedo, em 2024. Ao invés de leves alterações técnicas e estéticas, a mudança dessa vez será profunda, incluindo nova motorização e uso da plataforma CMF-B da Aliança Renault-Nissan, em substituição à arquitetura B0.
Entre os principais fatores dessa racionalização, há a difusão da plataforma CMF-B, fabricada pela Aliança. Ainda que seu custo unitário seja maior, a economia de escala torna sua adoção seja mais barata, dado que a CMF-B — além de estar presente em modelos como Clio, Captur e Arkana, além do Nissan Juke — também é usada nos novos Logan e Sandero. Além disso, a fábrica da Dacia em Pitesti, Romênia, recebeu benefícios fiscais para substituir seu maquinário e focar na nova arquitetura modular da holding.
Indo além da matemática, a adoção da CMF-B também é importante para que o Duster se adeque ao rígido padrão Euro 7 de emissão de poluentes. O novo ciclo traz critérios mais rígidos de controle de emissões, além de um sistema aprimorado de medição. O caminho natural para cumprir essas normas é o uso de motores híbridos — aos quais a CMF-B oferece suporte.
Desse modo, o motor 1.5 Blue dCi diesel deve dar lugar ao E-Tech híbrido de 140 cv usado no Captur. Para reduzir ainda mais os custos alguns sistemas, como a recuperação de energia dos freios, deverão ser removidos.
Na prática, se tratará de um híbrido parcial (mild hybrid) baseado nos novos motores 1.2 TCe e 1.5 TCe, produzidos em parceria com a Daimler e já adequados à Euro 7.
A linha TCe vem sendo feita pensada na eletrificação e, além de contar com ciclo Atkinson, traz mecanismos como injeção direta, cilindros revestidos de plasma (a fim de reduzir atrito) e alta taxa de compressão aliada a mecanismos anti-detonação.
Essa configuração deverá estrear ainda em 2022, no SUV com ‘jeitão’ de Scénic que a fabricante romena está preparando para substituir a minivan Lodgy. Quem espera a hibridização dos modelos nacionais, porém, deve se frustrar, já que a adoção dessa tecnologia segue distante dos planos da Renault no Brasil.
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