No Texas, os proprietários de veículos elétricos podem ter que pagar uma taxa extra, que deve variar entre US$ 200 e US$ 400, para que possam utilizar os seus automóveis. O projeto de lei está em discussão no senado do estado e, caso seja aprovado, irá impor novos gastos aos donos de carros elétricos.
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A questão é polêmica porque visa o faturamento de impostos para a manutenção das estruturas necessárias tanto para os automóveis movidos a gasolina como para aqueles elétricos. O sistema americano atual realiza os reparos das ruas e estradas com a arrecadação dos impostos pagos, em parte, na compra do combustível.
Como os veículos elétricos não utilizam gasolina, seus donos não pagam o imposto sobre o produto. Portanto, caso não passe por uma atualização, o sistema começará a arrecadar cada vez menos verbas para a manutenção por conta do aumento de automóveis elétricos.
Com esse cenário, os republicanos do Texas sugeriram um aumento nos impostos. O projeto de lei que está no senado irá, em tese, aumentar as taxas pagas pelos proprietários de veículos elétricos para compensar as tributações não pagas na compra de combustível.
A nova legislação exigiria um pagamento entre US$ 190 e US$ 240 para os veículos elétricos, além de uma taxa adicional no valor de US$ 150 para aqueles que dirigissem mais de 9.000 milhas (cerca de 14,5 mil quilômetros) em um ano.
O projeto propõe, também, uma sobretaxa anual de US$ 10 para financiar um conselho consultivo de infraestrutura de carregamento. As taxas serão aplicadas a, aproximadamente, 300.000 veículos e arrecadarão quase US$ 38.000.000 para o Fundo Estadual de Rodovias.
O Texas não é o primeiro estado a buscar o aumento dos impostos para veículos elétricos, mas as taxas parecem estar fora do padrão do imposto que é cobrado aos veículos movidos a combustível.
De acordo com um levantamento do grupo Plug In America publicado em agosto de 2020, a média nacional de impostos anuais sobre combustíveis para automóveis leves é de US$ 73. Além disso, 20 estados já têm taxas de registro para os carros movidos a bateria que vão de US$ 20 até US$ 500.
Isso significa que, em alguns locais, os proprietários de veículos elétricos pagariam mais impostos do que aqueles que são donos de automóveis movidos a combustíveis fósseis. Neste caso, a cobrança vai contra a política de incentivo a utilização de carros sem emissão de gases poluentes.
As estimativas apontam que, em 2026, o faturamento com as novas taxas pode chegar a mais de US$ 100.000.000. Caso o projeto seja aceito, ele passará a valer a partir do primeiro dia de setembro deste ano.
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