Nissan vende operação russa ao governo de Putin por cinco reais
Operações da montadora já estavam interrompidas desde março, porém com o conflito resolveu sair de vez do país
Em março, por conta do conflito com a Ucrânia, a Nissan, assim como outras muitas fabricantes estrangeiras, interrompeu a produção de veículos na Rússia. Em setembro foi prorrogada a suspensão até o fim deste ano, mas a marca já anunciou sua saída do país.
Desta forma, as fábricas e operações da Nissan Manufacturing Russia LLC serão compradas pelo Instituto Central de Pesquisa e Desenvolvimento Automobilístico e de Motores, a NAMI. O valor da negociação? 1 euro, ou R$ 5,14 no câmbio atual. O prejuízo é estimado em US$ 687 milhões.
As fábricas de São Petersburgo e o Centro de Vendas e Marketing em Moscou estão inclusos na venda e receberão novos nomes. Os funcionários não serão afetados, todos receberão uma remuneração de 12 meses de pagamento.
O acordo deve ser formalizado nas próximas semanas, porém um dos termos permite que a Nissan possa recomprar as operações e a entidade em até 6 anos. Mesmo com esse impacto financeiro, a Nissan mantém a previsão de lucros neste ano fiscal.
O custo da negociação foi de aproximadamente 100 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 3 bilhões)
Em comunicado, Makoto Uchida, presidente e CEO da marca agradeceu: “Em nome da Nissan, agradeço aos nossos colegas russos pela contribuição ao longo de muitos anos. Embora não possamos continuar operando no mercado, encontramos a melhor solução possível para apoiar nosso pessoal”. Além disso, o ministro da Indústria e Comércio da Rússia, Denis Manturov, disse que a negociação foi de grande importância para a indústria do país. Mantendo o ciclo produtivo e os empregos preservados.
A fábrica de São Petersburgo, que começou em 2009, eram montados os SUVs X-Trail, Qashqai e Murano. Em 2018, cerca de 56.525 veículos foram produzidos.
Outra fabricante que vendeu suas participações para a NAMI, foi a Renault, em maio. Ela vendeu sua participação na Avtovaz, que fabricava os modelos Lada. No contrato também está incluso que a empresa pode recomprar sua participação.
Compacto de 65 cv poderá ser um ‘esportivo acessível’ na linha GR, da Toyota
Toyota Yaris fica mais caro em 2025 mesmo fora de linha
Toyota Corolla Cross europeu se inspira no brasileiro, mas tem privilégios
Toyota aposta que o hidrogênio substituirá o diesel no futuro