Mustang Shelby GT500 CR de 1967 renasce em fibra de carbono e com 810 cv
Remake aplica características que Caroll Shelby imaginava em seus carros mas não tinha tecnologia suficiente à época para fazê-las
Com a evolução de tecnologias industriais, veículos antigos vêm recebendo remakes aperfeiçoados; mantendo estética mas melhorando desempenho. Um desses é o Mustang Shelby GT500 CR 1967, que ganhou nova versão, extremamente leve e com motor de insanos 810 cv, e já está à venda.
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O segredo dessa versão está, principalmente, no uso da fibra de carbono na carroceria, substituindo o aço. Para tanto, a replicadora Classic Recreations escaneou um modelo de 1967 em três dimensões a fim de replicar suas curvas em novo material.
A ideia não partiu do nada, já que o próprio Carroll Shelby, desde o século passado, previa que o futuro dos esportivos seria pautado pela fibra de carbono, mas a tecnologia era impeditiva para o foco comercial de sua marca. Problema resolvido décadas depois, com universalização das técnicas e patente emprestada pela SpeedKore.
A estratégia deu certo, e o ‘novo velho Shelby’ pesa quase 300 kg a menos que um equivalente com chassi tradicional. O fato das peças serem curadas em autoclave adiciona resistência extra, dando opção de pintar o modelo ou deixar a icônica textura da malha em carbono exposta, sem riscos.
Não bastasse peso a menos, o GT500 CR ainda recebeu o motor Coyote V8 5.0 de terceira geração. A unidade moderna usa bloco de alumínio e coletores de aço inoxidável como parte de uma série de melhorias que levam-na aos 810 cv de potência.
A velocidade máxima do modelo não foi informada, mas o Mustang GT500 com mesmo motor em variante de 770 cv chega a 288 km/h. Assim, não é apenas estética o fato do velocímetro do GT500 CR atingir as 200 mph (320 km/h).
Para domar tanta potência, há transmissão automática Tremec com seis velocidades e freios Wilwood com seis pistões (dianteira) e quatro pistões (traseira).
Estilo também importa
Além da força bruta, o GT500CR também investe pesado no estilo charmoso que imortalizou a Shelby.
Desse modo, o interior é decorado com tecido automotivo Alcântara, que utiliza poliéster e poliuretano para gerar o conforto de fibras como lã e seda e a eficiência de compostos sintéticos simultaneamente. O volante de alumínio é exceção, revestido com couro Lecarra.
Também há sistema de som da Kicker, sistema de mídia Kenwood e bancos ProCar, além de detalhes em vermelho ou branco no painel, que podem ser alterados ao gosto do freguês. Também é opcional uma tela touch moderna, capaz de provocar a ira dos mais puristas.
Ao todo, apenas 25 unidades serão fabricadas usando fibra de carbono. Cada uma delas gasta de 12 a 18 meses para ser concluída, levando em consideração todos os detalhes estéticos e mecânicos. A fim de maior genuinidade, as unidades serão registradas no livro de produção da Shelby, não deixando dúvidas de seu “puro sangue”.
A primeira unidade já foi entregue no último dia 2 de fevereiro, no Motorsport Ranch, Texas — mesmo estado em que o primeiro Cobra foi produzido, em 1962.
O novo Shelby GT500 CR parte dos US$ 298 mil (cerca de R$ 1,6 milhão) na sua versão mais básica. Ao todo 15 unidades já foram adquiridas. A carroceria compósita está disponível a outros modelos como Shelby GT500 CR 545, 900C e 900S. As aquisições podem ser feitas no site da Classic Recreations.
A entrega dos GT500 CR é feita na sede da Shelby, em Las Vegas, de onde o comprador deve cuidar do envio até sua residência. Na retirada, as cortesias da fabricante incluem uma noite em hotel de luxo, tour exclusivo pela fábrica e outros mimos.
Pensando em colecionadores ao redor do mundo, é possível adquirir versões com velocímetro em quilômetros e volante à direita. Qual sua desculpa agora?
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