Estudo recente da Unicamp, encomendado pela empresa ZigNET, comprova algo que já está intrínseco no pensamento popular: homens sofrem mais acidentes do que mulheres. E isso é válido para qualquer tipo de acidente.
Entre os meses de junho de 2021 e 2022, foram registrados 183% mais colisões de motoristas homens do que de mulheres. No total, o sexo masculino somou 192.643 ocorrências, contra apenas 68.039 das mulheres.
Mas não é só isso. Se levarmos em consideração os casos de colisão traseira, a diferença é ainda mais gritante. Foram 123.633 ocorrências causadas por homens e 40.182 por mulheres, ou seja, mais do que o triplo.
A terceira categoria que mostra uma boa diferença é a de quedas, onde as mulheres totalizaram 18.000 casos e os homens 52.440. Já entre os casos definidos como desconhecidos, mais uma diferença gritante: 245.019 entre os homens e 86.538 entre mulheres, uma superioridade de 183%.
O reflexo dessa maior imprudência masculina, também é refletida nas diferentes faixas etárias. No geral, homens sofrem mais acidentes que as mulheres em todas as idades, porém são entre os mais jovens (entre 18 e 34 anos) que observamos o maior número de casos para ambos os sexos.
Na faixa entre os 18 e 24 anos, os homens sofrem aproximadamente 217% mais acidentes do que as mulheres. É nessa faixa etária onde o sexto masculino registra, também, o maior número de casos, com 143.199 contra 45.044 das mulheres.
Para o sexo oposto, o maior número de casos é registrado entre os 30 e 34 anos, com 51.471 ocorrências. Porém a diferença ainda é grande se comparado aos homens, que só atingem esse nível de prudência quando chegam na aos 60 anos e o número de ocorrências começa a ficar abaixo dos 50.000.
Assim como no Brasil, a Austrália também identifica uma diferença gritante entre os acidentes com homens e mulheres, principalmente entre os mais jovens. Por lá, motoristas inexperientes têm maiores restrições no trânsito, mas mesmo assim os altos índices de acidentes entre rapazes já alertam os especialistas, que sugerem que as leis mais rigorosas para os garotos com menos de 21 anos.
Outros parâmetros do trânsito Brasileiro
O estudo da Unicamp também abordou outros aspectos dos acidentes no Brasil. Por exemplo, os dias da semana em que ocorrem mais acidentes. Sexta-feira e Sábado foram considerados os dias mais perigosos do trânsito nacional, com 307.436 e 277.057 casos, respectivamente.
Porém, se engana que o final de semana é sempre perigoso. Domingo é o dia em que as ocorrências foram menores, com 206.838.
Entre os diferentes tipos de veículos, os automóveis foram os que mais causaram acidentes entre 2021 e 2022. Foram 649.430, seguido pelas motocicletas (234.016) e as caminhonetes (102.889).
Por fim, em 638.623 acidentes ocorridos no Brasil não foi informado se houve ou não lesões. Entre os que foram melhor descritos, os que não tiveram ferimentos são a maioria (629.785), enquanto os que tiveram óbito foram a minoria (20.031).