O Renault Duster foi reestilizado na linha 2021. Evoluiu no design e também na dirigibilidade, porém oferecia como única opção o motor 1.6 aspirado de 120 cv, um dos mais fracos do segmento. Mas, dois anos depois, o Renault finalmente passou a estar disponível com o moderno 1.3 turbo, o mesmo que equipa o irmão Captur, e que rende até 170 cv.
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Nos resta saber se com a nova motorização ele torna-se uma boa opção pra quem procura um SUV compacto. Pra responder essa pergunta, destacamos no vídeo acima cinco vantagens e cinco desvantagens para te ajudar a decidir se ele merece uma vaga na sua garagem.
O novo motor turbo 1.3 TCe só está disponível na versão topo de linha, Iconic. E ela mesma pode ser equipada com o motor 1.6 aspirado, assim como as três versões de entrada. Inclusive esse motor aspirado, segundo a marca, recebeu melhorias para atender as novas regras de controle de emissões de poluentes e portanto tende a estar mais eficiente.
Design e acabamento
As mudanças no estilo do Duster na linha 2021 foram profundas e bem-sucedidas. Os faróis são integrados à grade e têm luzes diurnas de leds, e o para-choque mudou bastante, ficando bem proeminentes O capô está levemente mais alto e recebeu vincos marcantes.
As alterações seguem para o teto, que teve sua curvatura corrigida, aumentando levemente o caimento da traseira. Agora há um aerofólio integrado à tampa traseira.
As novas lanternas traseiras chamam atenção, pelo próprio conjunto com aro de led e elementos em forma de cruz, que despertam comparações com o Jeep Renegade, porém na linha 2022, o Renegade tratou de mudar novamente o desenho de sua lanterna que agora tem formato em X.
Uma outra qualidade do SUV da Renault é a boa capacidade do porta-malas. O Duster sempre se destacou dos rivais por conta desse quesito e continua sendo o que oferece mais espaço com 475 litros – são 90 litros a mais que o rival da Jeep e 102 litros a mais que o VW T-Cross.
Já o acabamento interno deixa a desejar principalmente disputando em uma categoria tão acirrada quanto a dos SUVs compactos. Há um excesso de plástico rígido e apenas a faixa central do painel das portas é revestida de tecido, porém a manufatura merece elogios pelas peças bem encaixadas e ausência de rebarbas.
O líder Renegade, por exemplo, com quem teve um embate exclusivo tem um acabamento mais esmerado com revestimento que imita couro no porta-objetos central e no painel das portas.
Conteúdo e motor
O Duster apresenta uma desvantagem significativa por oferecer apenas dois airbags, que são obrigatórios por lei. É menos que o Kwid, o modelo de entrada da marca, que oferece quatro airbags de série. E ele está bem atrás dos concorrentes, o Renegade, o T-Cross e o Tracker têm de série seis airbags de série.
Além disso a lista de equipamentos não contempla nenhuma tecnologia de segurança avançada, como frenagem de emergência e assistente de permanência em faixa – que estão presentes em todas as versões do rival da Jeep. Há apenas a presença do alerta de ponto cego nos retrovisores externos.
Esse motor 1.3 turbo demorou mas chegou ao Duster e fez muito bem ao SUV. Ele foi desenvolvido pela aliança Renault-Nissan-Mitsubishi em parceria com a Mercedes e tem injeção direta de combustível e comando de válvulas variável.
Ele rende até 170 cv e 27,5 kgfm oferecidos bem cedo aos 1.600 rpm – o que proporciona confiança e segurança em qualquer ultrapassagem.
O Duster cumpriu o 0 a 100 km/h em nosso teste em 9,8 segundos – uma melhora de 4,4 segundos em relação ao motor 1.6. Os números de consumo também foram melhores com médias de 10,8 km/l na cidade e 13,1 km/l na estrada – o 1.3 TCe faz quase 2 km a mais por litro no ciclo rodoviário. E essa é sem dúvida uma vantagem que merece ser destacada.
Trata-se de uma boa performance, mas poderia ser melhor, o líder do segmento, Renegade, equipado com motor de mesma cilindrada foi quase 1 segundo mais rápido no 0 a 100 km/h – o que é bastante nessa prova. E o Jeep foi ainda mais econômico, podendo percorrer 1 km a mais com 1 litro de combustível na estrada.