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Montadoras cobram o Governo por imposto bem maior para carros chineses

Imposto sobre elétricos e híbridos está crescendo aos poucos, mas a Anfavea, de olho na China, cobrou que a alíquota máxima entre de uma vez

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 jun 2024, 10h58 - Publicado em 26 jun 2024, 17h00
Navio da BYD já está trazendo até 7.117 carros por viagem ao Brasil. Logo haverá mais sete navios desse na mesma rota
Navio da BYD já está trazendo até 7.117 carros por viagem ao Brasil. Logo haverá mais sete navios desse na mesma rota (Eduardo Passos/Quatro Rodas)
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A poucos dias do imposto de importação para carros híbridos e elétricos crescer de novo, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores solicitou que o Governo Federal acelere o crescimento do tributo. Segundo a Anfavea, os até 25% para eletrificados que entram em julho são pouco, e o ideal é que o imposto seja o quanto antes de 35%.

Essa alíquota de 35% só seria imposta a partir de 2026, mas a entidade que representa os fabricantes de automóveis considera que antecipar esse imposto é necessário como forma de frear o aumento de importação de veículos híbridos e elétricos, sobretudo da China. A solicitação foi feita ao Governo Federal e, segundo o presidente Márcio de Lima Leite, que participou do Seminário AutoData Revisões das Perspectivas 2024, a invasão de carros importados ameaça a indústria do Brasil.

No momento, a alíquota é de 12% para híbridos de todos os tipos e 10% para elétricos. A partir de julho, ela será de 25% para híbridos leves e plenos, 20% para plug-ins e 18% para elétricos.

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“Continuamos reféns das importações. Elas atacam a nossa competitividade, agora e no futuro. Se o Brasil quiser ter um olhar à frente, ser um grande competidor, precisamos analisar as importações com viés de preocupação. Com este volume crescente hoje é um risco para nossa indústria”, diz Leite em entrevista ao portal AutoData.

Houve um grande aumento no volume das importações de veículos, com alta de 38% nos primeiros cinco meses de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Os modelos chineses correspondem a 82% de todo esse volume.

BYD NAVIO

Logo, a atenção se concentra nas marcas chinesas que despontam no nosso mercado, como GWM e BYD, que nem começou a produção na Bahia e deve fechar o ano com 120.000 carros importados. Mas o movimento é generalizado e o presidente da Anfavea citou fabricantes como General Motors, Volkswagen e Stellantis, que possuem fábricas na China, e também importam de lá.

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“Se for melhor trazer da China do que produzir no Brasil, farão, porque é negócio. Se você tem um mercado aberto como o nosso, se a tarifa não é suficiente para barrar as importações, é preciso repensar esta tarifa. O Brasil perderá fabricantes e só vão sobrar os novatos. Precisamos dar este passo: antecipar a tarifa. É a primeira vez que falamos disto. A Anfavea propõe que a tarifa do imposto de importação seja repensada”, disse Leite em entrevista.

Nas projeções a Anfavea mantém o crescimento de vendas em 2024, com alta de 6,1% para automóveis, chegando a 2.250.000 unidades, leve alta de 0,7% nas exportações com o embarque de 407.000 veículos e produção com avanço de 6,2%, atingindo 2.470.000 unidades.

A Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, soltou uma nota oficial na qual se coloca contra esse aumento de forma imediata. Confira:

“Diante do pleito de aumento imediato do imposto de importação para veículos híbridos e elétricos para 35%, a ABEIFA vem a público manifestar contrariedade, na medida em que a incidência de novas alíquotas de 18% (carros elétricos), de 24% (híbridos plug-in) e 25% (híbridos) passará a vigorar a partir do próximo dia 1º de julho, e solicita previsibilidade nas políticas industriais do setor automotivo brasileiro, sobretudo em respeito aos clientes/consumidores que têm direito ao acesso e a escolha por tecnologias de ponta. A entidade reforça o argumento de que políticas protecionistas não trazem benefícios ao Brasil, ressaltando que nos anos 1990, não fossem a abertura do mercado interno para veículos importados, o País não teria o parque industrial de hoje com algumas dezenas de fabricantes. Medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais são ineficazes. A médio e longo prazos, são prejudiciais a toda a cadeia automotiva. Mas em especial ao Brasil.”

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