Se a Mitsubishi parece desnorteada no segmento de automóveis – de acordo com dados da aliança com Renault e Nissan, a marca será responsável pelo desenvolvimento de mecânica híbrida –, no ramo de aviões será responsável por criar um “caça invisível” para o Japão.
Apesar do nome, a divisão aeronáutica pertence à Mitsubishi Heavy Industries (que há pelo menos 50 anos não controla a produção de carros) e não está sob comando franco-japonês. Esse braço também é responsável por defesa, energia e embarcações.
Batizado F-X, o próximo caça deverá substituir o atual Mitsubishi F-2, versão adaptada do norte-americano F-16, criado na década de 1970. Segundo a Reuters, o custo total do programa é estimado em US$ 40 bilhões (R$ 213 bilhões em conversão direta).
Essa aeronave deverá ser operacional até meados de 2030, em tempo de se equivaler aos modelos em desenvolvimento na China. Para garantir a invisibilidade a radares, o novo F-X deverá terá pintura especial e compartimento embutido para armamentos.
Os primeiros esboços desse caça surgiram em 2016, quando o Mitsubishi X-2 “Shinshin”, primeiro protótipo com tecnologia “stealth” desenvolvido no Japão, realizou 34 voos com sucesso e 14 estudos de sensores, engenharia, motorização e novas tecnologias.
Além da própria Mitsubishi Heavy Industries – única empresa do país a enviar propostas de participação –, ainda deverão ser anunciados parceiros internacionais neste ano, como Boeing, Lockhead Martin, Northrop-Grumman, BAE Systems e Rolls-Royce.
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