Mercedes cria sistema que fura os pneus para frear o carro em emergências
Sistema de frenagem reduz a pressão dos pneus em caso de falha nos sistemas principais de frenagem dos carros elétricos
Já imaginou furar os pneus de propósito para diminuir a velocidade do seu veículo? É justamente isso que a Daimler AG, dona da Mercedes-Benz, está desenvolvendo para os seus carros elétricos.
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De acordo com o site CarBuzz, a empresa patenteou um novo sistema de frenagem alternativo que será operado pelo usuário. O dispositivo é acoplado a uma válvula que reduzirá a pressão dos pneus.
Quando uma frenagem de emergência for necessária, os pneus serão esvaziados para ajudar a desacelerar o veículo caso a frenagem não funcione ou apresente alguma falha.
Quando vazio, o pneu tem uma área de contato maior com a estrada o que aumenta a resistência ao rolamento. Isso faz com que o modelo desacelere. Entretanto, se a pressão for diminuída demais o pneu pode se soltar do aro.
A empresa pensou nessa questão e, por conta disso, o sistema está conectado às quatro rodas. Após a redução da pressão dos pneus a velocidade máxima do carro será limitada e o motorista será alertado.
O mecanismo tem uma unidade de controle central e uma unidade responsável por reduzir a pressão dos pneus do carro. Elas são acionadas quando o freio central falha ou apresenta algum problema.
Na descrição da patente, a marca afirma que este sistema foi projetado com foco em veículos elétricos e híbridos, mas que pode ser adaptado aos modelos com motor a combustão.
O principal argumento para a utilização deste novo dispositivo é o fato de que a frenagem dominante nos carros elétricos é a regenerativa. O primeiro sistema de freio consiste na diminuição da velocidade por meio da resistência do motor elétrico, para recuperar energia. Com a bateria totalmente carregada, a frenagem volta a utilizar o modo convencional de fricção.
Atualmente, carros elétricos a tecnologia break-by-wire, com um mecanismo intermediário que avalia qual a melhor forma de frear o carro em cada situação. O motorista pisa no pedal e o sistema drive-by-wire registra a pressão e decide qual o melhor método para diminuir a velocidade do veículo: sistema regenerativo ou os freios convencionais.
Se ele apresentar defeito, o resultado pode ser o pior possível. A Ford já enfrentou problemas com o mecanismo. As baterias estavam superaquecendo por conta do sistema de regeneração de energia.
Para evitar qualquer problema neste sentido, a Daimler criou esse sistema chamado fallback. Ele apenas é utilizado quando acontece algum erro ou defeito no freio principal. Nesse caso, o pedal do freio é conectado à unidade de fallback, que se trata de um sistema básico de fricção. A novidade é a válvula de diminuição da pressão de ar dos pneus.