Se Mercedes-Benz já é sinônimo de exclusividade e distinção, então o que dizer de um modelo da marca preparado pela divisão esportiva AMG, que além do nome GT ainda recebe o selo Black Series?
Pois esse é o caso do Mercedes-AMG GT Black Series que a marca lança no quarto trimestre, na Europa, ao preço de 250.000 euros (cerca de R$ 1.535.000) – e tem perspectiva de ser vendido no Brasil.
A diferença desse modelo para um Mercedes-AMG GT digamos, comum, começa no visual transformado graças a troca de diversos componentes.
A grade dianteira cresceu e ganhou barras verticais em cromado negro e, na parte inferior do para-choque, foi instalado um spoiler dianteiro manualmente ajustável (para utilização em pista) e um difusor frontal preto.
O capô também é novo: tem duas grandes entradas de ar e partes visíveis da estrutura em fibra de carbono, mesmo material empregado no teto do carro, nas soleiras das portas e no aerofólio traseiro, que pode ser ativado eletricamente por meio de um botão. As rodas AMG são de liga-leve. E a pintura da carroceria vem na cor exclsiva Magmabeam.
O visual interno também impressiona. O revestimento é em couro preto com costuras na cor laranja. No quadro de instrumentos digital de 12,3” há mostradores com uma apresentação que varia segundo três contextos: Classic, Sporty e Supersport.
Neste último caso é mostrado um conta-giros central com informação adicional exclusiva, como a luz que indica o momento adequado para fazer as trocas de marchas.
Ao centro está a central multimídia de 10,25”, onde podem ser igualmente vistas animações dos sistemas de assistência à condução e dos sistemas de comunicação e de funcionamento geral do carro.
Há novos botões coloridos no console central em forma de V que podem ser usados para ajustar transmissão, suspensão, ESP, sistema de escape, aba traseira do aerofólio, entre outros.
Os botões da tela touch TFT são fáceis de operar com um pequeno toque no dedo e pelo fato de disporem de um ponto de pressão mecânico funcionam mesmo quando o motorista/piloto está de luvas de competição.
O volante AMG Performance tem base reta, revestimento em microfibra, comando de trocas de marchas (sistema de dupla embreagem e 7 marchas) e botões integrados para controlar a instrumentação sem que seja necessário retirar as mãos do volante.
Para quem julgar que isso é pouco, o AMG Track Package, disponível como opcional, dispõe de sistema de proteção (santoantonio com tubos em titânio e travessas de reforço no interior) em caso de capotamento, cintos de segurança de 4 pontos para condutor e passageiro e extintor de incêndio de 2 kg.
Como em qualquer superesportivo que se preze, é o motor que torna este carro ainda mais especial. O V8 4.0 biturbo parte da base da unidade que a AMG já utilizava, mas recebeu tantas alterações relevantes que pode ser considerado novo. Tanto que recebeu designação própria: M178 LS2.
É a primeira vez que um V8 AMG recebe virabrequim plano (como os das Ferrari e dos Mustang Shelby). Quer dizer que os moentes que movimentam bielas e pistões estão separados por 180°, e não 90° como nos virabrequins cruzados, mais comuns nos V8 de rua. Isso também torna o motor mais girador e deixa o ronco mais encorpado.
O motor passa a vibrar mais e a entregar o pico de torque mais tarde. Mas a AMG contornou este segundo problema com compressores dos turbo aumentados (permitindo fornecer maior volume de ar, de 1.100 kg/h, contra 900 kg/h do AMG GT-R) e os intercoolers maiores também dão um ajuda para o upgrade que foi feito neste motor.
O motor passou a ter, também, o lado do escape virado para a zona interna do V composto pelas duas bancadas de cilindros (é o primeiro V8 da Mercedes-Benz com esta configuração), o que se reflete em melhores performances e uma resposta de acelerador mais ágil.
O resultado são 730 cv (entre as 6.700 e as 6.900 rpm) e um pico de 80 kgfm de torque (de 2.000 a 6.000 rpm). Tem sistema de lubrificação por cárter seco, em que o óleo fica armazenado em reservatório próprio separado do motor e depois é bombeado a todos os pontos necessários, independentemente das forças a que o conjunto esteja sujeito.
Que depois se traduz, por exemplo, numa aceleração de 0 a 100 km/h em 3,2 s (3,6 no GT R) e até 200 km/h em menos de 9 segundos, além de uma velocidade máxima de 325 km/h (318 no GT R).
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