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McLaren W1 tem suspensão feita em impressora 3D com titânio em pó

Entenda como tecnologia revolucionária influencia no peso, na aerodinâmica e até no conforto a bordo do híbrido W1

Por João Vitor Ferreira
3 nov 2024, 11h45
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  • O McLaren W1 foi apresentado como o substituto do P1. Além da sua aerodinâmica refinada e toda a força do V8 híbrido de 1.278 cv, o hipercarro tem outra tecnologia de destaque: todo o seu conjunto de suspensão é feito em impressoras 3D.

    A tecnologia está se tornando tendência na indústria automotiva, principalmente quando falamos de carros de alto desempenho. Além da McLaren, a Ferrari também fez algo semelhante na suspensão da F8, com amortecedores internos ativos e triângulos superiores feitos com impressão 3D.

    A Bugatti é uma das especialistas nesse assunto e já usa essa tecnologia há alguns anos, inclusive, ela está presente no seu mais recente lançamento, o Tourbillon.

    McLaren W1
    (Divulgação/McLaren)

    Mas se você tem uma impressora 3D, não pense que conseguirá simplesmente copiar o projeto e imprimir a suspensão do McLaren W1 em casa. Claramente, para fazer seus componentes, existe toda uma engenharia e tecnologia avançada para isso, tanto é que a McLaren juntou forças com a empresa America’s Divergent Technologies, especialista em impressões 3D.

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    A Divergent é especializada em criar peças avançadas, até mesmo fora do setor automotivo, e foi criada por Kevin Czinger, criador da marca Czinger, que está desenvolvendo hipercarros que usam impressão 3D.

    Suspensão McLaren W1
    Sem o subquadro, W1 consegue economizar bastante peso (Divulgação/McLaren)
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    Para fazer o conjunto de suspensão, tudo começa com titânio em pó, depositado camada por camada e fundido utilizando lasers. Após concluídas, as peças entram em um forno para tratamento térmico que elimina o estresse residual. Os componentes são projetados por um software avançado para serem feitos utilizando o mínimo de material possível, resultando assim em peças com formatos orgânicos e mais leves.

    Suspensão McLaren W1

    No W1, o conjunto de suspensão é composto por hastes com amortecedores internos, barras de torção e amortecedores de elevação. Eles são montados diretamente na cuba central de fibra de carbono, eliminando assim a necessidade de um subquadro.

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    Isso é muito importante para o conceito geral do carro. Por ser um híbrido plug-in, todo o sistema elétrico (apesar de simples) tem um peso considerável, mas ao eliminar o subquadro, a McLaren conseguiu economizar peso, chegando assim aos 1.399 kg do carro, otimizando o fluxo de ar sob o carro.

    McLaren W1
    (Divulgação/McLaren)

    E toda essa aerodinâmica, em especial a força descendente de uma tonelada gerada pelo W1, é essencial para o que a McLaren quis para esse carro. “Não dá para dirigir o McLaren Senna no carrossel de Nürburgring, porque estaria pulando constantemente. Mas com o W1 será bem diferente”, explica Mark Gayton, engenheiro da McLaren.

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    Para sabermos realmente como toda essa tecnologia funciona junta, teremos que esperar um pouco. Afinal, as entregas das 399 unidades anunciadas do McLaren W1 só começarão em 2025.

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