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McLaren W1 é híbrido de 1.275 cv que cresce 30 cm para ser mais rápido

Além do motor V8 biturbo completamente novo, o McLaren W1 tem aerodinâmica ativa sofisticada, mas seus proprietários precisarão esperar dois anos pelo seu carro

Por Joaquim Oliveira/Press-inform
7 out 2024, 18h14
McLaren W1
McLaren W1 (Divulgação/McLaren)
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O novo McLaren W1 é como uma miragem. Um hiperesportivo com 1275 cv e torque máximo de 136,6 kgfm, que acelera de 0 a 200 km/h em insanos 5,8 segundos, podendo depois chegar aos 350 km/h, limitados eletronicamente. Apenas 399 exemplares serão produzidos e cada um custará cerca de 2,2 milhões de euros (R$ 12 milhões). Mas só será realidade daqui a dois anos.

Sucessor da mesma linhagem dos McLaren F1 e P1, o novo W1 representa o início de uma nova era para os carros da fabricante. Isso também diz respeito ao design, pois há críticas para o fato de todos os McLaren recentes serem parecidos, do  750 S ao híbrido Artura. A traseira do W1 também é bastante distinta. Mas isso é assunto para depois.

McLaren W1
(Divulgação/McLaren)

O coração de todo o McLaren é o motor. Embora ainda seja um motor V8 e esteja montado atrás do motorista, ele é completamente novo. É 39 milímetros mais compacto (cada cilindro tem diâmetro de 92 mm e curso de 75 mm) e está equipado com dois turbocompressores de dupla entrada, maiores. Sozinho, é responsável por gerar 928 cv e 91,8 kgfm e pode girar a até 9.200 rpm.

Para complementar, existe um motor elétrico de 347 cv e 44,9 kgfm instalado na lateral do câmbio de dupla embreagem e oito marchas, que aí sim eleva o total aos 1275 cv e 136,6 kgfm. Mas para manter o peso em 1.399 kg foi preciso ousar bastante no sistema híbrido.

McLaren W1
(Divulgação/McLaren)
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Sua bateria tem apenas 1,4 kWh e serve para apoiar a aceleração e não para cobrir grandes distâncias sem fumos saindo dos escapes. Na verdade, não é possível rodar mais que 2 km em modo elétrico e existe um sistema de gestão para que mantenha carga suficiente para sempre poder dar partida no motor, acionar a ré (que é sempre elétrica) e para ficar parado por longos períodos. Ainda assim, pode ser recarregada em tomada doméstica: leva apenas 22 minutos para chegar a 80% da carga.

McLaren W1
(Divulgação/McLaren)

Mas a intenção é recarregar a bateria nas desacelerações e frenagens, quando o motor elétrico é capaz de recuperar a energia rapidamente graças à arquitetura elétrica de 800V e às células da bateria, mais avançadas.

McLaren W1
(Divulgação/McLaren)
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Entregar todo esse poderio no asfalto pode ser o mais desafiador. A tração é sempre traseira e a aerodinâmica ativa é usada para garantir a estabilidade. Dizem ter passado 350 horas em túnel de vento afinando o W1 para otimizar aquilo que na Fórmula 1 é conhecido como o “efeito de solo”, que literalmente suga o carro para o asfalto ao acelerar o fluxo de ar debaixo do carro. O objetivo é criar alta pressão de contato e a menor resistência do ar possível.

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Os técnicos também subordinaram a esse objetivo a posição de instalação do motor de oito cilindros, que é inclinado em três milímetros para que a interação com o difusor traseiro funcione perfeitamente. Afinal, o carro não deve ser rápido apenas nas retas, mas também nas curvas.

McLaren W1
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Outro artifício é a aerodinâmica ativa com um lábio frontal móvel e um spoiler traseiro igualmente ajustável que se estende até 30 centímetros para trás, transformando essencialmente o W1 num veículo de cauda longa (long tail). No total, o W1 gera uma pressão de contato de 1 tonelada.

McLaren W1
(Divulgação/McLaren)

A asa traseira se move para a posição correta graças a quatro motores elétricos (dois de cada lado). As máquinas elétricas foram desenvolvidas especificamente para a McLaren porque precisam agir com extrema rapidez para que o conceito funcione. Aceleração total com asa aberta (modo DRS) para velocidade máxima ou configuração o mais íngreme possível para atuar como freio aerodinâmico é comparativamente fácil.

As coisas ficam complicadas nas curvas, especialmente quando é fundamental garantir uma frenagem suave e a mudança rápida entre aceleração e desaceleração. Para isso, é instalada uma unidade de controle em cada extremidade da asa traseira que, juntamente com os quatro computadores principais do carro, determina os comandos e configurações necessários.

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McLaren W1
(Divulgação/McLaren)

A afinação no mundo real foi feita no traçado sinuoso do circuito de Nardo, também pensada nos nos vários modos de condução. “O carro deve gerar sempre a mesma sensação, porque essa á a melhor forma de ser consistentemente rápido”, assegura o engenheiro Mark Gayton, explicando a premissa.

O fato de esses programas serem diferentes dos carros esportivos comuns, apesar dos nomes semelhantes, é quase evidente para um carro de alta tecnologia como o McLaren W1. As configurações também são derivadas de um carro de corrida.

McLaren W1
(Divulgação/McLaren)
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No modo Grand Prix, sempre resta alguma energia na bateria, que pode ser acessada conforme necessário para ser consistentemente rápido em uma distância de corrida. O modo Sprint foi projetado para aproveitar ao máximo o trem de força em uma volta de qualificação. Os engenheiros também analisaram todas as rotas em que os clientes dirigem e, em seguida, encontraram um compromisso que permite o fornecimento de energia ideal durante o tempo mais adequado.

McLaren W1
(Divulgação/McLaren)

No modo Race, o McLaren W1 fica ainda mais próximo do asfalto (37 milímetros na frente e 17 milímetros na traseira). É assim que é gerada a força descendente máxima de uma tonelada: 350 kg na dianteira e 650 kg na traseira. Se as condições forem ideais e o asfalto estiver plano, recomenda-se o programa de condução Race+. Mas os britânicos também pensaram no dia a dia com o modo Street.

McLaren W1
(Divulgação/McLaren)

Para o chassi adaptativo (McLaren Race Active Chassis Control III), os técnicos também utilizam componentes de suspensão feitos de titânio e com impressão 3D. Com sucesso. “Não dá para dirigir o McLaren Senna no carrossel de Nürburgring, porque estaria pulando constantemente. Mas com o  W1 será bem diferente”, explica, realizado, Mark Gayton.

Como é habitual num McLaren, o motorista pode ajustar o chassis e a transmissão separadamente. No entanto, os clientes sortudos terão que esperar até o segundo trimestre de 2026 antes de poderem dirigir pela primeira vez.

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