Proibição de circulação em algumas áreas, taxas altíssimas de estacionamento, penalidades pesadas para veículos mais poluentes, todas são medidas que boa parte das capitais europeias têm tomado para conter as emissões em seus territórios. No entanto, a Espanha se destaca pelas suas restrições que envolvem o controle de poluição.
Uma delas é o uso de radares antiemissões. Segundo a Auto Bild, já há três radares do tipo em operação. Na prática, o governo utiliza o termo radar, mas é mais um simples equipamento de medição de níveis de monóxido de carbono, dióxido de carbono, hidrocarbonetos, hexano e oxigênio.
A forma de patrulhamento é o que muda. Agentes espalhados pelas ruas da capital espanhola estão parando carros para testes de poluição. O processo é muito rápido, leva apenas cinco segundos. Dos dez mil veículos avaliados até agora, 998 foram reprovados, ou seja, um décimo.
Se o automóvel for reprovado, é necessária uma nova avaliação que deve ser feita em até um mês. Uma multa pesada pode ser aplicada se o modelo não “passar de ano” na inspeção. Os valores ficam entre 300 euros e 7.500 euros, equivalentes a R$ 1.600 e R$ 40.000. É melhor investir em um híbrido ou elétrico.
Mas essa não é a medida mais curiosa. Madri também tem várias estações que medem a poluição geral. Se elas detectarem que o nível geral de poluentes – isso não inclui apenas veículos – está muito elevado, o governo toma uma medida que também afeta os automóveis e demais modelos: diminuir a velocidade das vias. É o caso da rodovia M-30, um anel viário que leva a várias áreas da cidade. No caso de alarme de emissões, a velocidade máxima baixa de 90 km/h para 70 km/h. Quem sabe a moda pega?