Esse clássico e simpático Lancia Fulvia se tornou uma atração turística em Conegliano, uma cidadezinha na Itália. Embora o sedã tenha se tornado famoso mundialmente pela participação em ralis, assim como o “irmão” Delta, essa unidade em específico fez sua fama simplesmente por ficar parado no mesmo local… por 47 anos.
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Desde 1974 o modelo segue estacionado exatamente na mesma vaga, na rua Zamboni, em Conegliano. O dono, Angelo Fregolent, de 94 anos, era o proprietário de uma banca de jornais que funcionava no térreo do prédio bem em frente ao local onde seu carro estava parado. Uma mera comodidade, já que a posição facilitava o descarregamento diário dos jornais.
Com o tempo, o sedã foi se deteriorando e seu dono não pode arcar com a manutenção. Restou ao carro ficar estacionado ali mesmo, se tornando um “xodó” da cidade. Até mesmo políticos locais, como o candidato à prefeitura de Conegliano, Piero Garbellotto, tiraram fotos e já falaram sobre o Fulvia. Luca Zaia, governador da região de Vêneto, afirmou em entrevista que se lembra do carro desde sua época de escola.
Porém, as leis de trânsito de Conegliano mudaram e agora o Fulvia não pode mais permanecer estacionado naquela rua, medida tomada para melhorar o trânsito no local.
Em outubro o carro foi removido da vaga. Felizmente, ao invés de ser simplesmente jogado em um ferro velho, o modelo foi levado à cidade de Pádua, que fica a menos de 100km de distância, e ficou exposto no Auto e Moto d’Epoca Show.
Com o fim do evento, Giovanni Berton, empresário e entusiasta de carros clássicos, junto com Paolo Picco, do Clube Serenissima di Conegliano, se juntaram para manter viva a memória do maior ícone da cidade. Os dois tiveram a iniciativa de restaurar o Fulvia e escolheram um novo local de exposição, que dessa vez não irá atrapalhar o trânsito.
A Escola Enológica de Cerletti, localizada a mais ou menos um quarteirão da vaga original, agora é o novo lar do sedã. Escolha aprovada até mesmo por seu antigo dono, que agora poderá ver seu carro pela janela de casa. “Não poderíamos imaginar futuro melhor para nosso Fulvia”, diz Fregolent.