JAC Motors quer vender caminhões no Brasil sem Sérgio Habib

Tem mais uma chinesa de olho no Brasil e, desta vez, é a JAC Motors. Sim, a empresa agora quer vir por conta própria ao país, mesmo que já tenha uma parceria com o Grupo SHC, do empresário Sérgio Habib, desde 2011.

O objetivo da JAC é bem simples: investir para vender caminhões a combustão no país, no segmentos de 9 a 25 toneladas de  PBT (Peso Bruto Total), o que a colocará para atuar entre os caminhões leves, médios e pesados. A empresa não apostará em nenhuma opção elétrica ou eletrificada, sempre oferecendo motores diesel.

Segundo a fabricante, seus representantes estão no Brasil para participar do Congresso Fenabrave, que começa hoje (26), para negociar com empresas de concessionárias. Todo o projeto já estaria bem avançado, faltando somente fechar o acordo para a criação das lojas e a JAC quer fazer o lançamento da marca em novembro.

Poderia ser um sinal ruim para o Grupo SHC, de que a JAC estaria de olho em assumir a operação nacional. No entanto, não será o caso. A própria empresa chinesa declara que isso não afetará de forma alguma a parceria com Sérgio Habib, que seguirá vendendo os carros de passeio, picapes e veículos comerciais elétricos, como tem feito desde 2011.

É uma aposta que tem chances de dar certo para a JAC. A empresa é mais conhecida na China por conta de seus caminhões, embora tenha perdido espaço para outros nomes como Sinotruk, Dongfeng e FAW.

Enquanto isso, a operação da JAC Motors no Brasil segue encolhendo. Em julho, a empresa emplacou 91 carros, 26 comerciais leves e 11 caminhões. Isto faz com que seja uma das marcas chinesas com menor participação no mercado nacional, à frente apenas de nomes que estão com as operações suspensas, como Neta e Seres.

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O Grupo SHC prometeu o lançamento da versão elétrica da picape JAC Hunter, porém a variante foi engavetada e agora a marca destá de olho na Hunter híbrida plug-in, apresentada em abril, durante o último Salão de Xangai (China). A empresa chegou a testar um novo hatchback elétrico, que seria batizado como E-JS3, que acabou não chegando ao país.

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