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Investigação isenta modo autônomo da Tesla de culpa em acidente

Sistema não identificou presença de caminhão em rodovia nos EUA, mas NHTSA aponta que motorista poderia ter evitado batida

Por Vitor Matsubara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 jan 2017, 16h54
Tesla - autopilot
Fabricante recomenda que recurso seja ativado só em rodovias - e que o motorista não tire os olhos da estrada (divulgação/)
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O departamento de transportes dos Estados Unidos (NHTSA) concluiu as investigações do acidente que matou o motorista de um Tesla Model S em maio de 2016, apontando que não há evidências de falha no veículo. Na ocasião, o acidente foi classficado como o primeiro com vítima fatal causado por um carro rodando em modo de condução semiautônoma.

O acidente aconteceu enquanto Joshua Brown rodava com a função Autopilot ativada em uma rodovia de pista dupla. Em um cruzamento, um caminhão entrou à esquerda e atravessou na frente do veículo. Na ocasião, a Tesla afirmou que a altura e o brilho refletido pelo caminhão confundiram as câmeras e os sensores de radar do sedã elétrico, que identificaram o baú como sendo parte do céu iluminado.

Desde então, a montadora realizou algumas melhorias e atualizações no Autopilot. Uma das maiores mudanças é a desativação do sistema caso o motorista não responda aos sinais sonoros emitidos pelo carro e indique que está pronto para assumir o controle a qualquer momento.

O NHTSA ressaltou que, mesmo que um carro esteja temporariamente no sistema de direção semiautônoma, ainda cabe ao motorista a responsabilidade de ficar atento às condições de tráfego e estar preparado para intervir em situações de emergência.

Após o acidente, foi especulado que Brown não estava prestando atenção no trânsito ao redor, fato confirmado pela investigação. Segundo o NHTSA, houve um período prolongado de distração do motorista antes do acidente, de pelo menos 7 segundos.

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Além disso, dois minutos antes da batida, o condutor aumentou a velocidade do piloto automático para 119 km/h, sendo que o limite da via era de 104 km/h. Considerando as condições climáticas e da via, a investigação apontou que o motorista deveria conseguir enxergar o caminhão pelo menos 7 segundos antes da colisão.

Por fim, o relatório ainda afirma que Joshua não esboçou reação para evitar o acidente, seja acionando o freio ou simplesmente retomando a direção do veículo. Vale lembrar que o modo Autopilot emite sinais sonoros assim que identifica a possibilidade de acidente.

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