Em um péssimo momento, a fabricante norte-americana Fisker pode estar próxima do seu fim. O relatório de lucros que pôs em xeque sua situação financeira, as fortes críticas à qualidade dos seus carros e a negociação infrutífera com uma fabricante já previam um futuro difícil, mas agora a produção dos Fisker Ocean, que é terceirizada, parou e pode não ser retomada nunca.
O novo capítulo foi escrito pela Magna International, empresa que é especializada em fabricar carros para diversos fabricantes. É ela quem produz os Jaguar E-Pace, o BMW Z4 e o Toyota Supra, por exemplo. E também produzia o SUV Ocean para a Fisker.
A Magna interrompeu a produção do Fisker Ocean no começo de março para uma pausa de seis semanas, mas esse prazo já acabou. Agora, o modelo poderá nunca mais voltar à produção.
O CEO da Magna, Swamy Kotagiri, comentou sobre o assunto durante a reunião de acionistas: “é importante que eu forneça uma atualização sobre nosso status atual do programa Fisker Ocean. A produção do veículo está parada no momento. Nossa perspectiva atual, divulgada hoje, pressupõe que não haverá mais produção.”
Além desta declaração, o diretor financeiro da empresa, Pat McCann, também comentou sobre a situação da Fisker, dizendo que eles “não presumem mais a produção do Fisker Ocean”.
A empresa ainda afirma que perderá cerca de US$ 400 milhões – algo em torno de R$ 2 bilhões – em vendas se a produção do Ocean não for retomada. A Magna acrescentou que possui US$ 195 milhões (quase R$ 1 bilhão) em receitas associadas a Fisker que serão reconhecidas caso o contrato entre as empresas for rescindido.
A Fisker estava em busca de investimentos, negociando com outros fabricantes para possíveis parcerias. A empresa até diminuiu drasticamente os valores de seus modelos para tentar sair do buraco, mas, ao que parece, nada deu certo, muito por conta dos problemas recentes nas últimas produções da empresa.
A montadora já havia informado que não teria fundos para se sustentar até o fim do ano e, agora que todas as suas buscas por investimentos parecem ter falhado, a empresa ficou completamente à deriva.
Já é a segunda vez que a Fisker passa por problemas deste nível, mas, desta vez, a montadora não parece ter um caminho simples a trilhar para poder voltar aos eixos.