Um clássico da cultura automotiva australiana, a linha de sedãs, peruas e picapes Commodore fabricada pela Holden (marca do grupo General Motors) tem data marcada para mudar: a partir de 2017, ele será substituído por um modelo baseado no Opel Insignia europeu, sem tração traseira e sem a tradição dos V8.
Para um final em grande estilo, a divisão de veículos de alto desempenho da marca, a Holden Special Vehicles (HSV), apresenta uma última linhagem de preparados de fábrica: o sedã GTSR, a picape ute Maloo GTSR e o mais potente Commodoroe de todos os tempos, o GTSR W1.
Para assegurar a exclusividade da série, todos trazem para-choque dianteiro com desenho agressivo e grandes entradas de ar, luzes diurnas de led, para-lamas alargados (aumentando a largura em 2,4 cm) e para-choque traseiro com difusor de ar e saídas de escapamento em formato “diamante”. O aerofólio traz inserções de fibra de carbono na versão W1.
As rodas de liga leve são de 20 polegadas calçadas com pneus 255/35 na frente e 275/35 na traseira (265/35 e 295/30 no GTSR W1, respectivamente), e os freios usam discos de 410 mm na dianteira e 372 mm na traseira. Para deixar o visual mais agressivo, a HSV colocou uma tampa rígida na caçamba da picape Maloo.
O visual agressivo é justificado pelo motor V8 6,2 litros dotado de compressor mecânico com 591 cv e 75,4 mkgf de torque, utilizado tanto no sedã GTSR quanto na picape Maloo GTSR, com opção de transmissão manual ou automática de seis velocidades.
Já a versão mais potente, o Commodore GTSR W1, traz sob o capô um propulsor V8 6.2 supercharged LS9, o mesmo do Covertte ZR1, com 644 cv e 83,1 mkgf de torque, atrelado exclusivamente a um câmbio manual Tremec TR-6060 (MH3) de seis marchas.
Segundo a HSV, o GTSR W1 acelera de 0 a 100 km/h em 4,2 segundos e completa o ¼ de milha em 12,1 segundos. A máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h, mas com potencial para atingir 293 km/h.
Além da motorização, houve modificações na suspensão: o GTSR traz a elogiada suspensão do tipo Magnetic Ride Control, presente em modelos de alta performance da Chevrolet e Cadillac, enquanto a picape Maloo GTSR oferece um asuspensão mais convencional, com ajuste único e calibrado pela HSV.
A configuração mais endiabrada GTSR W1 traz amortecedores da grife SupaShock — a mesma utilizada no campeonato de turismo V8 Supercars. Para garantir a sinfonia do V8, há escapamento ajustável com dois níveis de ruído.
Na cabine, há bancos com grandes abas laterais e revestidos de camurça sintética, bordados com o logo GTSR ou W1, dependendo do modelo. A sigla GTSR aparece também no painel do lado do passageiro, tapetes e nas soleiras das portas. Serão feitas apenas 670 unidades da picape Maloo GTSR, 1300 do Commodore GTSR e apenas 300 unidades do mais potente GTSR W1.
Além de ser o carro mais potente já feito na Austrália, o HSV GTSR W1 também será um dos mais caros do país, sendo comercializado a 169.990 dólares australianos (AUD$). Em entrevista ao site CarAdvice, Tim Jackson, diretor geral da Holden Special Vehicles, justificou o preço elevado do sedã esportivo: “Você encontra um carro que oferece o que o GTSR W1 entrega (644 cv e 83,1 mkgf de torque) nessa faixa de preço? Não. Essa é a justificativa, eu acho.”.
Na Austrália, quem quiser adquirir um veículo com potência semelhante ao do Holden Commodore GTSR W1 terá que partir para modelos alemães, a exemplo do Mercedes-AMG E63 S (611 cv) e desembolsar AUD$ 250.000, BMW M5 (575 cv) por AUD$ 230.615 ou optar pela perua RS6 (605 cv) ao custo de AUD$ 246.700.