A Honda estuda a possibilidade de vender a picape média Ridgeline no Brasil. Segundo uma fonte, o modelo viria para brigar nas faixas mais altas do segmento, onde estão as versões mais caras de Chevrolet S10, Ford Ranger, Toyota Hilux e VW Amarok. A estreia seria em 2018, ano em que as novas Nissan Frontier e Renault Alaskan vêm para se juntar ao grupo.
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A Ridgeline foi mostrada em janeiro, durante o Salão de Detroit, na segunda geração. Ela foi desenvolvida sobre a nova plataforma Global Light Truck, que estreou no SUV Pilot, o irmão maior do CR-V, lançado em 2015. Uma das particularidades da Ridgeline, desde a primeira geração, é ter o chassi monobloco, assim como a nova Fiat Toro. Essa Honda, aliás, foi uma das picapes avaliadas pela Fiat como referência no início do desenvolvimento da Toro.
Na segunda geração, a Ridgeline mudou o design, ficou mais longa (tem 536,2 cm de comprimento, ligeiramente maior que a S10, com 534,7 cm) e ganhou novos recursos, como bancos rebatíveis e um fundo falso na caçamba, que aumentou o espaço para bagagem. A tampa traseira é reversível, podendo ter abertura vertical ou horizontal, recurso que lembra o da Toro, com a diferença de que na Fiat a tampa é bipartida. A Ridgeline conta com motor V6 3.5 e câmbio automático de seis marchas, com transmissão 4×2 ou 4×4.
As picapes são a bola da vez não só no Brasil. Enquanto tradicionais fabricantes tratam de renovar sua oferta, marcas que estão de fora do segmento não veem a hora de entrar. Além das já anunciadas Renault, com a Alaskan, e sua parceira Mercedes, com a GLT, mais duas marcas manifestam interesse nesse mercado: Hyundai e Lexus.
A Hyundai, que apresentou a picape-conceito Santa Cruz no Salão de Detroit de 2015, este ano voltou ao evento divulgando que o projeto definitivo da versão comercial está praticamente aprovado. A Santa Cruz também terá chassi monobloco. Será o mesmo que serve de base para o SUV Tucson de terceira geração, lançado no ano passado na Coreia. Com visual futurista, a versão conceitual é uma picape média com cabine dupla e quatro portas, sendo que as traseiras são do tipo suicida. Sob o capô, a unidade mostrada em Detroit tinha motor diesel 2.0 turbo de 190 cv.
No mesmo evento, no estande da Lexus, o diretor de planejamento da marca revelou que tem planos de lançar uma picape média no futuro. A novidade seria derivada da nova Toyota Hilux, lançada no fim de 2015 no Brasil, o que facilita em muito o desenvolvimento. A Toyota já faz esse tipo de compartilhamento com a Lexus com os sedãs Camry/ES, e os SUVs, Land Cruiser/GX. Mas por enquanto a Hilux da Lexus é apenas uma ideia, segundo o executivo.