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Honda e Nissan confirmam fusão que pode formar 3ª maior montadora do mundo

Mitsubishi decidirá se fará parte da nova holding dentro de um mês; se der certo, será a terceira maior montadora de automóveis do mundo

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 dez 2024, 16h54
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 (Divulgação/Honda)
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Honda, Nissan e Mitsubishi confirmaram oficialmente que estão em negociações para combinar as três fabricantes em uma mesma holding. Ainda há muitas negociações e decisões a serem tomadas pela frente, mas algumas condições já estão definidas. Uma delas é que a Honda será responsável por nomear o CEO do novo conglomerado, e ainda terá a maior parte do conselho de administração da nova empresa.

Os CEOs de Honda, Nissan e Mitsubishi realizaram uma coletiva de imprensa na manhã de hoje em Tóquio. Honda e Nissan pretendem concluir o acordo de fusão em junho de 2025, enquanto a Mitsubishi disse que decidirá até o final de janeiro se integrará esta nova holding.

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(Divulgação/Honda)

Acontece que a Nissan é a principal acionista da Mitsubishi. Ao mesmo tempo, a Renault é a maior acionista da Nissan e declarou que “considerará todas as opções com base no melhor interesse do Grupo e de seus stakeholders” em nota divulgada à imprensa, após reforçar que a negociação entre as fabricantes japonesas ainda está em estágio inicial.

O Renault Group continua a executar sua estratégia e a lançar projetos que criam valor para o Grupo, incluindo projetos já lançados dentro da Aliança”, completou o comunicado.

O anúncio de hoje descreveu o que as negociações significam e o que esperar nos próximos anos. O CEO da Honda, Toshihiro Mibe, ainda esclareceu que este anúncio marca apenas o início das negociações de fusão, acrescentando que “a possibilidade de isso não ser implementado não é zero”. Ainda assim, estimaram que a fusão poderia ser concluída em agosto de 2026, quando a nova empresa seria listada na Bolsa de Tóquio.

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Por que uma fusão?

Honda e Nissan confirmam fusão que pode formar 3ª maior montadora do mundo
(Divulgação/Nissan)

O principal motivo seria a possibilidade de economizarem com o compartilhamento de plataformas, de centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D), o possível compartilhamento de fábricas, integração das áreas de compras, da distribuição e até das vendas.

Arquiteturas comuns reduzirão custos e complexidade, como com um portfólio simplificado de motores a combustão, híbridos HEV e PHEV, além de carros elétricos. Honda e Nissan iniciaram, em março, as tratativas para compartilharem o desenvolvimento de uma nova plataforma para carros elétricos e de todas as suas tecnologias, além do desenvolvimento de softwares. A Mitsubishi passou a integrar este acordo em agosto.

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Honda Passport (Divulgação/Honda)

A Honda é a segunda maior fabricante de automóveis do Japão e a Nissan é a terceira, mas vem passando por uma fase crítica para honrar suas dívidas em meio a uma queda acentuada no seu lucro líquido, ao mesmo tempo que cortou milhares de postos de trabalho. O CEO da Honda disse que isso não é um plano de resgate e que a conclusão da fusão depende da reestruturação da Nissan.

Das três, a Honda é a empresa que está nas melhores condições financeiras atualmente. Só ela teve quase 4 milhões de carros vendidos em 2023, mas a Nissan não é tão menor: alcançou 3,37 milhões de unidades no mesmo período, mas vem perdendo espaço por ter apostado pouco em carros híbridos e por ter perdido seu espaço no mercado de carros elétricos.

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Nissan X-Trail (Divulgação/Nissan)
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A Mitsubishi, por sua vez respondeu por 1 milhão de carros vendidos em 2023 e vem lutando há anos pela sua sobrevivência. Isso, inclusive, já havia a levado para a Aliança Renault Nissan, que hoje vive um processo de desmembramento.

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O fato é que, juntas, apenas a Honda e a Nissan já formariam o terceiro maior grupo automotivo do mundo, atrás apenas da Toyota (11,2 milhões de carros) e da Volkswagen (9,2 milhões).

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Mitsubishi Outlander (Divulgação/Mitsubishi)
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O que também está claro no comunicado da Honda é que a fusão ainda depende de aprovações regulatórias e dos seus acionistas. Mas existe um interesse em usar essa fusão como uma forma de fortalecer as três marcas, que continuariam independentes, diante dos desafios que a eletrificação e a ofensiva das marcas chinesas representam. 

Todas as três montadoras enfatizam que este ainda é o início de uma negociação e que, caso tudo aconteça conforme está planejado, o resultado prático disso será notado apenas um pouco antes de 2030. Qualquer novo carro desenvolvido em conjunto ainda precisará de alguns anos para chegar às ruas. 

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