Honda CG 125: relembre a trajetória da icônica moto recém-aposentada
Modelo chegou ao fim de linha após 42 anos e 7 milhões de unidades. Foi a primeira motocicleta a álcool do mundo e conquistou até o Rei Pelé
Muitos motociclistas no país aprenderam a pilotar em uma Honda CG 125. Tanto que ela se tornou o veículo mais vendido no mercado brasileiro, com cerca de 7 milhões de unidades.
Em 31 de janeiro, a Honda anunciou sua “morte” – a produção do modelo foi encerrada no final do ano passado devido à obrigatoriedade da adoção de freios ABS ou CBS (freios combinados) a todas as motos zero-km até o fim de 2019.
A marca entendeu que não havia sentido investir em um produto que representa menos de 10% da família CG, dominado pela “irmã maior” CG 160.
Por ser uma moto tão emblemática no mercado nacional, reunimos aqui os fatos mais marcantes de sua trajetória em 42 anos de existência.
1976 – A primeira geração da CG 125, também conhecida como Bolinha, estreou a linha de produção da fábrica da Honda em Manaus (AM). Tinha motor de 125 cm³ com 10,4 cv de potência. O Rei Pelé foi chamado para ser o garoto-propaganda da moto.
1978 – A versão Ecco tinha uma profusão de cromados, câmbio rotativo de quatro marchas e sistema de economia de combustível. O motor de quatro tempos era um diferencial por ser menos poluente que os motores de dois tempos.
1981 – O modelo foi o primeiro no mundo a receber um motor a álcool, além de contar com câmbio de cinco marchas – oferecido na versão a gasolina apenas dois anos depois.
Apesar de o preço ser o mesmo, o consumo da novidade era 18% maior, fato compensado pelo preço mais baixo do etanol.
1983 – Versão a gasolina recebe o câmbio de cinco marchas. O design também foi atualizado, com linhas mais retas, novos piscas, lanternas e comandos no guidão, além de para-lama traseiro na cor da moto.
A balança traseira ficou mais longa, o guidão, mais alto tanque, os pneus aumentaram e o modelo passava a contar com 12 litros.
1989 – A versão Today era apresentada com 74 alterações no chassi e 70 no motor de 124 cm3 de cilindrada e 12,5 cv, incluindo sistema de ignição mais moderno CDI (ignição de descarga do capacitor).
No mesmo ano chegava a versão Cargo para uso comercial, com assento individual e bagageiro cromado reforçado. Também recebia todas as alterações da Today.
1994 – A moto passa a se chamar CG 125 Titan após passar por diversas mudanças estéticas, como tanque mais arredondado para melhorar o encaixe das pernas e com capacidade aumentada para 13 litros. A garupa ganhava duas alças laterais, nova rabeta e tampas laterais.
1995 – Uma versão feita exclusivamente para importação tinha características diferenciadas para atender às legislações locais como capa de corrente integral, piscas exclusivos e farol redondo com lâmpada amarela. O modelo foi exportado para França, Inglaterra e Portugal.
2001 – A CG Titan recebeu a nomenclatura KS e passou a contar com conjunto óptico com lentes de policarbonato, novo design do painel, traseira com rabeta e lanterna integradas, assento mais largo, guidão mais alto e melhor encaixe das pernas do piloto.
Também trazia tecnologia Tuff-up no pneu traseiro, que retardava o esvaziamento em caso de furo.
2003 – Para comemorar as cinco milhões de unidades produzidas no Brasil, a CG 125 ganhava pintura dourada exclusiva.
2006 – Chega a versão CG 125 Fan, que trazia uma novidade no motor: a válvula Pair, que injetava oxigênio próximo da válvula de escapamento para diminuir as emissões de gases poluentes.
2018 – Chega ao fim a produção da icônica CG 125. O modelo continua à venda em 2019 até o fim dos estoques.