No final de outubro, a General Motors anunciou a demissão de mais de 1.200 funcionários no estado de São Paulo, dos quais 839 eram da planta de São José dos Campos, 300 de São Caetano e 105 de Mogi das Cruzes. Porém, os sindicatos acusaram a montadora de ilegalidade nas demissões, alegando que ela não estava cumprindo com o acordo de layoff que garantia o emprego destes trabalhadores.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) julgaram a ação como ilegal e obrigaram a empresa a cancelar as demissões. Nessa sexta-feira, a montadora, enfim, entrou em comum acordo com os trabalhadores e os sindicatos, oferecendo um plano de demissão voluntária, o chamado PDV, que será válido para todos os funcionários que estejam trabalhando normalmente e também para os que estão de licença remunerada.
O nova proposta dará benefícios como meses de salários, plano de saúde, adicional em dinheiro e até um carro. A proposta vai variar de acordo com o tempo de serviço de cada trabalhador.
Como funciona o PDV da General Motors?
Para trabalhadores que tenham de um a seis anos de serviço a empresa pagará seis meses de salário, adicional de R$ 15.000 e plano médico por três meses ou R$ 6.000. Já para aqueles que tenham mais de sete anos de fábrica receberão cinco meses de salário, um Onix LS ou R$ 85.000 e plano médico por seis meses ou R$ 12.000.
Um detalhe é que o Onix na versão LS não existe desde 2016, de acordo com dados da tabela Fipe. Atualmente, as versões vendidas do hatch são a 1.0 MT, LT MT, AT Turbo, LT Turbo, LTZ MT Turbo, LTZ AT Turbo, RS Turbo e Premier Turbo, conforme a tabela de preços mais recente disponibilizada pela marca e o seu configurador oficial.
A julgar pelo valor de R$ 85.000 que é oferecido como opção ao carro, é provável que se trate da versão mais básica ‘sem nome’. Nesse caso, ele vem com motor 1.0 aspirado de até 82 cv e 10,6 kgfm, e câmbio manual de seis marchas, além de equipamentos como vidros elétricos dianteiros, faróis automáticos, rádio FM com bluetooth, duas portas USB (apenas para carregamento), rodas de 14’’ com calotas e ar-condicionado.
Os trabalhadores terão entre os dias 5 e 12 de dezembro para aderir ao plano de demissão voluntário. Para aqueles que não aceitarem a proposta, a GM garantirá os empregos até dia 3 de maio de 2024. Além disso, a montadora também afirmou que para cada funcionário ativo que aderir ao PDV, outro trabalhador em licença remunerada será chamado de volta ao seu posto.
Em relação aos 17 dias em que as três fábricas ficaram paradas por conta da greve, ficou acordado que metade deles serão compensados até 30 de junho de 2024, de acordo com a necessidade de produção. O objetivo da GM com esse plano é de conseguir a adesão de pelo menos 830 trabalhadores.