Gerente assume culpa por escândalo de emissões em carros da Jeep e da Ram

Um gerente da Stellantis, grupo formado pela junção da FCA (Jeep, RAM, Fiat entre outras) com a PSA (de Peugeot, Citroen e Opel), se declarou culpado por conspiração para violar as regras de emissões de poluentes nos Estados Unidos. O caso deu início a um escândalo nos EUA envolvendo os Jeep Grand Cherokee e Ram 1500 equipados com motor V6 3.0 turbodiesel.

Emanuele Palma, de 43 anos, admitiu sua participação no desenvolvimento de um sistema que forçava o motor a reduzir suas emissões de NOx durante testes federais, na comparação com as condições reais de uso. Com outros funcionárias, criou o software chamado ‘T Eng’, que alterava a taxa de recirculação dos gases de escape durante os testes de emissões.

O escândalo veio à tona em agosto de 2022, quando a FCA US admitiu a fraude corporativa e foi multada em 96,1 milhões de dólares, além de perder mais de US$203,5 milhões. Aproximadamente 100.000 unidades dos Jeep Grand Cherokee e Ram 1500 fabricados entre 2014 e 2016 foram equipados com esse software de manipulação de emissões.

No tribunal, Palma admitiu sua culpa e reconheceu ter ocultado informações importantes da Agência de Proteção Ambiental (EPA), concordando em não divulgar a existência do software ‘T Eng’. Sua sentença está marcada para 17 de outubro, e embora sua defesa planeje recomendar apenas um dia de cumprimento de pena, a decisão final cabe ao juiz.

O escândalo de fraude de emissões teve grande repercussão, levantando questões sobre a ética e a responsabilidade das montadoras em relação ao meio ambiente e aos clientes.