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Ford aposta em controle de qualidade para fazer a Ranger passar a Hilux

Com vendas em alta, Ford Ranger está prestes a ser vice-líder no segmento. Para vencer a Hilux, porém, o preço a se pagar é alto e a Ford topou tentar

Por Eduardo Passos
15 jun 2024, 10h00
Nova Ford Ranger terá ainda mais componentes feitos no Mercosul
Nova Ford Ranger terá ainda mais componentes feitos no Mercosul (Divulgação/Ford)
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O timing para anunciar o fechamento de fábricas no Brasil foi cruel com a Ford, mas a maré se inverteu. Enquanto os baianos de Camaçari vão aprendendo mandarim com a BYD, a montadora norte-americana vive, com a Ranger, seu maior êxito na fase de importadora.

A picape média foi quem estreou a nova geração do segmento, sem abrir mão de preços atraentes. Em um ano, roubou vendas de todas as concorrentes e está prestes a ultrapassar a Chevrolet S10, assumindo a vice-liderança. Mas parece pouco frente à ambição de superar a Toyota Hilux.

Nova Ford Ranger Limited testada por QUATRO RODAS
Nova Ford Ranger Limited começou se dando bem nas versões mais caras (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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O maior deles, agora, é a regionalização dos motores das diferentes versões da Ranger. Tanto o Lion — V6 3.0 turbodiesel de 250 cv/61,2 kgfm — quanto o Panther — 2.0 turbodiesel de 170 cv/41,3 kgfm — serão produzidos na fábrica de General Pacheco, nas vizinhanças de Buenos Aires, de onde também sai a caminhonete.

É uma medida útil para a diminuição dos custos, dado que são as versões mais baratas da Ford Ranger que têm, na visão de executivos, maior espaço a conquistar. Mas já que a fábrica passaria por reformas inevitáveis, esse tempo ocioso foi aproveitado para a melhoria de qualidade. Palavra importante na guerra contra a Toyota.

Ford Ranger XLS 2.0 4X4 2024
Agora busca-se repetir sucesso em Ranger mais baratas, como a XLS (R$ 234.990) (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Questão de reputação

Mesmo vice no ranking de vendas, a Ranger terá que crescer quase 50% para alcançar a Hilux. Prevê-se uma guerra longa, de atrito, que se justifica na fidelidade: é difícil um dono de picape mudar de marca. Quando muda, porém, também é com a intenção de ficar.

A nova Ranger sendo indiscutivelmente mais tecnológica que a rival, já facilita. Isso não só em telas ou automação veicular, mas na construção do chassis e detalhes ergonômicos que constatamos nos seus diferentes testes. Em seguida, é hora de consolidar o esforço de cada cliente ‘convertido’.

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Métodos tecnológicos também servem para redução no número de falhas (que, caso ocorram lá na frente, podem gerar má fama e um cliente a menos para sempre)
Métodos tecnológicos também servem para redução no número de falhas (que, caso ocorram lá na frente, podem gerar má fama e um cliente a menos para sempre) (Divulgação/Ford)

Os mais de R$ 3 bi gastos no preparo da fábrica incluíram métodos avançados de treinamento, que resultaram numa média de falhas bem menor do que a média global. A planta também estreia novos equipamentos de inspeção microscópica, pressurização de galpões inteiros para evitar entrada de poeiras e grãozinhos, por exemplo, e controle via realidade virtual/aumentada.

Hilux SRX PLUS
Toyota Hilux tem robustez que gera clientes fiéis; mas até que ponto? (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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No pós-venda, a coisa é mais difícil, já que a Toyota mantém fábricas no Brasil e tem maior número de concessionárias. Nesse caso, a saída é a tecnologia, com atendentes que, remota e automaticamente, podem constatar defeitos ocultos na Ranger e ligar para os donos.

Nova Ford Ranger testada por QUATRO RODAS
Telas da Ranger são mais do que entretenimento: elas são cruciais para que o pós-vendas da Ford consiga entregar o que se espera (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O serviço FordPass Connect é tratado com elevada prioridade, já que a comunicação via internet tem potencial de transpor barreiras geográficas e ainda agregar esse valor ‘hi-tech’ ao produto. Mas estamos falando de usuários mais velhos, que usarão o serviço aos poucos e, principalmente, caso seja notavelmente melhor e necessário frente à alternativa tradicional.

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Nova Ford Ranger testada por QUATRO RODAS
Ford sabe que superar a Toyota nas picapes médias é uma maratona, mas acredita no seu ‘pace’ para chegar lá (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Matematicamente, cada convertido vale por dois também por roubar um dono do Toyota. A teoria ainda mostra que uma satisfação acima da média pode gerar o estimado “efeito de rede”, que é a poder de persuasão que um usuário de produto pode ter na sua adesão por outros. Um nome mais refinado para o famosa boca a boca: de pouco em pouco, quem tem uma nova Ranger testemunhará sua satisfação. Ao menos é isso que a Ford busca.

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