Flagra: novo Peugeot 208 turbo será mais forte que Polo, Onix e HB20
Modelo está maior e terá versão flex do motor 1.2 com mais de 130 cv
O novo Peugeot 208 só chega ao Brasil em meados do ano que vem. Esta nova geração será produzida em El Palomar (Argentina), de onde também sairá a segunda geração do SUV 2008.
Mas isso não impede que o hatch compacto de circule em testes pela região da fábrica da geração atual do modelo, localizada em Porto Real (RJ).
Foi onde nossa reportagem encontrou o modelo circulando carregado de camuflagem e com a suspensão bem baixa, indicando que o novo 208 poderia estar rodando com lastros ou com equipamentos de medições parrudos.
O que chamou atenção foi o desempenho do hatch compacto mesmo nessa condição. Pelas acelerações e retomadas difíceis de acompanhar com um carro 1.6 aspirado, é muito provável que esta unidade esteja equipada com o motor 1.2 turbo de três cilindros ainda inédito no Brasil.
Trata-se de uma variação do motor 1.2 PureTech equipada com turbo injeção direta. Na Europa este motor rende 130 cv e 20,4 mkgf de torque – um ganho considerável frente os 90 cv e 13 mkgf da versão aspirada –, mas estes números tendem a melhorar na versão flex que está sendo preparada para o Brasil.
Ainda que mantivesse os números da versão a gasolina, o motor 1.2 turbo já seria mais potente que os 1.0 turbo de Chevrolet Onix, Volkswagen Polo e Hyundai HB20. Em termos de torque, empataria com o Polo, que tem hoje o motor mais forte.
O novo Peugeot 208 também deverá se destacar nas ruas pelo porte. Na falta de um hatch médio na linha (o 308 deixou de ser vendido há alguns meses), o compacto está 7 cm mais comprido, quase 4 cm mais largo e 3 cm mais baixo do que a geração vendida atualmente em nosso mercado. Porém, a distância entre-eixos sofreu alteração de ínfimos 0,2 cm.
Estamos falando de 4,05 m de comprimento, 1,74 m de largura, 1,43 m de altura e 2,54 m de entre-eixos.
Em nossas primeiras impressões com o carro na Europa, foi possível avaliar que o espaço interno praticamente não muda. O espaço para pernas atrás é razoável e um passageiro com 1,80 m de altura não se sentirá apertado, além de que o banco, posicionado mais acima do que os dianteiros, cria um ambiente de anfiteatro. Já o espaço para os ombros não é tão bom.
A imigração da produção do 208 do Brasil para a Argentina tem motivo. A fábrica de El Palomar foi a primeira na região a ser adaptada para a nova plataforma modular CMP, que estará nos futuros carros compactos da Peugeot e da Citroën.
Já a unidade brasileira manterá os outros modelos baseados na antiga plataforma PF1 (C3, Aircross, 2008 e C4 Cactus) por mais algum tempo. Mas logo também será atualizada para produzir um novo carro de entrada nacional.